JMJ ficou muito abaixo das expectativas para a hotelaria

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Miguel A. Lopes / Lusa

Peregrinos dormem no Parque Tejo, em Lisboa, na Jornada Mundial da Juventude 2023

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) confirmou que a realidade da Jornada Mundial da Juventude ficou “bastante aquém” das perspetivas de ocupação dos hoteleiros.

A taxa de ocupação na hotelaria em Lisboa durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) foi de 77%, “bastante aquém” dos 91% estimados em junho.

São conclusões de um inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), divulgado esta quarta-feira.

“A taxa de ocupação ficou bastante aquém das perspetivas”, afirmou a presidente executiva da AHP, Cristina Siza Vieira, na apresentação à imprensa do Inquérito “Jornada Mundial da Juventude 2023 – Impacto na Hotelaria”, que decorreu ‘online’.

Segundo o inquérito, que decorreu entre 4 e 18 de setembro e contou com respostas de 152 estabelecimentos hoteleiros e de alojamento local associados da Área Metropolitana de Lisboa (AML), a taxa de ocupação na semana da JMJ foi de 77% em Lisboa e de 85% na AML.

No início de junho, também segundo um inquérito da AHP, e bem antes do evento que se realizou entre 31 de julho e 6 de agosto, os hoteleiros da AML estimavam que a taxa de ocupação pudesse chegar aos 89%, enquanto dentro da cidade de Lisboa a expectativa era de que aquela taxa alcançasse os 91% durante a semana da JMJ.

Economia abrandou, na semana da JMJ

Dados do Banco de Portugal já tinham revelado que houve uma quebra na atividade económica entre 11 de julho e 5 de agosto, com a hotelaria a ser um dos setores mais afetados.

A presença dos jovens peregrinos resultou em grandes alterações nos padrões de consumo habituais.

Por um lado, estabelecimentos como supermercados e geladarias na baixa de Lisboa notaram um fluxo extraordinário de clientes, com grandes filas a formarem-se à porta.

Por outro lado, setores como a hotelaria, a restauração de luxo e o comércio de vestuário e calçado sentiram uma retração notável, com os turistas “normais” e os próprios lisboetas a fugir à confusão na capital

ZAP // Lusa

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