Mais de 2.600 pessoas morreram neste verão em Espanha devido ao calor extremo

Alejandro Garcia / EPA

Onda de calor em Barcelona, Espanha

Segundo dados do Instituto de Saúde Pública Carlos III, morreram em Espanha 1.149 pessoas por causas atribuíveis às altas temperaturas, durante a onda de calor de 16 dias que terminou esta segunda-feira. Neste verão terão ocorrido já 2.635 mortes devido ao calor extremo que se tem feito sentir.

A Espanha viveu uma onda de calor extremo durante 16 dias consecutivos, entre 3 e 18 de Agosto.

Esta vaga de calor foi considerada “a maior e mais longa” desde 1975, ano a partir do qual há registos comparáveis, disse o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.

Nesses 16 dias, registaram-se 1.149 mortes “atribuíveis à temperatura”, de acordo com a plataforma “MoMO” do Instituto de Saúde Carlos III, que monitoriza diariamente a mortalidade em Espanha. Em algumas regiões, as temperaturas chegaram a alcançar os 45 ºC.

Em Julho, Espanha teve outra onda de calor durante a qual morreram cerca de 1.060 pessoas, também por causas atribuíveis às altas temperaturas, de acordo com o mesmo instituto.

Segundo os dados do MoMo, neste verão terão ocorrido 2.635 mortes atribuíveis às altas temperaturas.

A grande maioria das mortes relacionadas com o calor ocorreu em pessoas com mais de 65 anos (2.529) e, em particular, com mais de 75 anos (2.347, das quais 1.747 tinham 85 ou mais anos).

Por sexo, 1.579 dos mortos foram mulheres e 1.056 homens, segundo o sistema gerido pelo Centro Nacional de Epidemiologia, que faz os seus cálculos com base numa projecção estatística cruzando os dados de mortalidade e os limites máximos de temperatura acima dos quais o calor representa um risco para a saúde, que depois compara com os do ano anterior.

O dia com maior mortalidade atribuível ao calor extremo foi o passado domingo, 17 de agosto, data em que se registaram 125 mortes, nota a RTVE.

A onda de calor das últimas semanas coincidiu também com os incêndios florestais no país, que continuam por controlar, sobretudo nas regiões de Galiza, Castela e Leão e Extremadura.

As perspectivas melhoram com o fim da onda de calor, mas o primeiro-ministro Pedro Sáchez diz que “há pela frente horas difíceis” na luta contra os incêndios e prometeu implementar um “pacto do Estado face à urgência climática”.

ZAP // RFI

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