Câmara de Lisboa diz que altar-palco é a “nossa” Torre Eiffel

Inácio Rosa / EPA

Celebração no Parque Tejo, Lisboa, durante JMJ 2023.

A Torre Eiffel está para Paris como o altar-palco do Parque Tejo está para Lisboa – a ideia foi defendida, esta terça-feira, na Assembleia da Câmara Municipal de Lisboa, pela vereadora das Obras Municipais, Filipa Roseta.

A Câmara de Lisboa compara o altar-palco do Parque Tejo à Torre Eiffel.

Isto depois de, esta terça-feira, na Assembleia Municipal, o PS ter questionado a utilidade do altar mandado construir para a Jornada Mundial da Juventude de 2023.

“E para que serve a Torre Eiffel?”, contrapôs a vereadora das Obras Municipais, Filipa Roseta.

“O símbolo da cidade é fundamental. A Torre Eiffel é um símbolo brutal e fundamental e é marcado a um evento e que marca a cidade para sempre“, justificou, citada pela SIC Notícias.

A autarca do PSD continuou a defender que o altar-palco – tal como a Torre Eiffel em Paris – é um “ícone arquitetónico” da capital portuguesa. Mas o PS não parece ter ficado convencido.

Ator secundário no Rock in Rio

Manuel Lage, deputado municipal dos socialistas, lamentou que o investimento de quase três milhões de euros dos lisboetas nem para o Rock in Rio serviu.

Mas Filipa Roseta negou, justificando que, apesar de não ter sido usado como um “ator” principal do festival, estava entre as 300 estruturas do festival.

“[O altar-palco] é uma figuras de lego da cidade, considerou a vereadora. “É um elemento que vai marcar aquela gigante zona de eventos como memória do sítio onde o Papa esteve e como memória do sítio onde o Papa nos apelou a estarmos todos, todos, todos juntos a construirmos uma cidade melhor e um mundo melhor (…) “vai ser tudo aquilo que os lisboetas quiserem imaginar”, concluiu.