INEM pode ficar só com os casos mais graves. Já se avança com a “refundação” do serviço

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António Pedro Santos / Lusa

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins com o presidente do INEM, Sérgio Janeiro

Helitransporte, ambulâncias de Suporte Imediato de Vida, Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação e atendimento telefónico podem ser as únicas funções do INEM daqui para a frente. Já estão medidas em cima da mesa.

O objetivo é “subir o nível de diferenciação dos elementos dos bombeiros e da Cruz Vermelha que asseguram o socorro”, conta uma fonte anónima ao Expresso.

A fonte, que revela poder constar na lista de indicados para a comissão técnica, recorda também que 80% das ocorrências são já feitas por estas duas instituições.

O serviço deve então apostar, num primeiro plano, na formação de bombeiros e da Cruz Vermelha para “subir o nível de diferenciação dos elementos que asseguram o socorro”, conta o Expresso, mas, enquanto esse processo não estiver concluído, o INEM deve funcionar por fases.

O projeto passaria, então, por criar “equipas mistas”  nas ambulância, numa primeira fase constituída pelos bombeiros e a Cruz Vermelha (com 200 horas de formação), seguidos por uma equipa de técnicos de emergência pré-hospitalar (com 910 horas de formação e possibilidade de administração de alguns medicamentos).

Para além disso, fontes do Expresso falam em “acrescentar mais ambulâncias à rede, operadas pela Proteção Civil.

A formação será um fator chave, caso Ana Paula Martins aprove as medidas, que serão discutidas por peritos. Para aumentar a capacidade formativa (limitada neste momento a 200 pessoas por concurso), deverá recorrer-se à Academia. Quer-se, ainda, diminuir o hiato entre a formação e a colocação nos postos de trabalho (medida apoiada pelos Sindicatos, lembra o Expresso).

De recordar é que esta semana a ministra da Saúde retomou o discurso de “refundação” do INEM no parlamento, que tinha já anunciado este verão, sem se alongar em propostas concretas.

Segundo as fontes do Expresso, a avançarem, estas medidas podem “empurrar” o INEM para que se especialize apenas no socorro aos casos mais graves e diferenciados, como o helitransporte, as ambulâncias de Suporte Imediato de Vida, as Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação e o atendimento telefónico.

ZAP //

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1 Comment

  1. O Governo liderado pelo Sr.º Primeiro-Ministro, Luís Esteves, está a tentar desviar as atenções das mortes provocadas pelos elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).
    As perguntas que devem ser feitas: porquê que ninguém quer ir trabalhar para o INEM? porquê que o INEM antes e desde a sua fundação funcionava correctamente e a partir de 2012 passou a funcionar mal? quais são os critérios e a fundamentação para recrutamento e selecção de elementos para o INEM?
    É preciso obrigar os elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) desde o topo até à base da cadeira hierárquica a declarar se colaboraram/pertenceram ou colaboram/pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.), depois de identificados terão de sair, a greve e os sindicatos assim como toda e qualquer actividade sindical proibidos, os despedimentos implementados na Função Pública, e definir a escolaridade obrigatória pela data de nascimento e realizar testes psico-técnicos para saber se possuem perfil para a profissão.
    «…As queixas sobre o funcionamento do INEM não são de agora, mas o estado a que ele atualmente chegou passa o inadmissível; é revoltante! Nos países civilizados isto não existe, porque aí há consequências, logo que acontece uma falha. É este o resultado da nossa falta de rigor….» – Presidente Rui Rio (https://x.com/RuiRioPT/status/1855269202929619296)

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