“Não fujo, não minto, não me escondo, continuarei o trajeto que estamos a fazer”, disse Ana Paula Martins. Não há demissão, e a ministra pensa já em “refundar” o sistema do INEM.
A ministra da Saúde anunciou ontem que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) passou a estar na sua dependência direta, alegando que o instituto assume uma “prioridade enorme” devido ao alarme social dos últimos dias.
“O INEM passou a estar debaixo da minha dependência direta desde há dois dias porque é uma matéria de uma prioridade enorme como se está a ver”, adiantou Ana Paula Martins, depois de se ter reunido com os responsáveis do instituto, em Lisboa.
Segundo referiu, o INEM era uma prioridade quando o atual Governo entrou em funções, mas, “por todo ao alarme social que tem causado nos últimos dias”, é necessário devolver a confiança à população no sistema.
Questionada sobre se o facto de chamar a si a dependência direta do INEM é o reconhecimento de que a secretária de Estado da Gestão da Saúde ignorou os alertas dos sindicatos sobre os impactos da greve da última semana, a ministra afirmou que a sua decisão “é apenas o reconhecimento” de que o assunto é importante, urgente e prioritário.
Perante isso, “o meu tempo no meu dia-a-dia tem de ser dedicado em mais de 70% a resolver os problemas do INEM”, salientou a ministra da Saúde.
A Ministra garantiu ainda: “Comprometo-me, em nome do Governo, a executar as medidas necessárias para a refundação do INEM”.
As mortes de 11 pessoas alegadamente associadas a falhas no atendimento do INEM motivaram a abertura de sete inquéritos pelo Ministério Público (MP), um dos quais já arquivado. Há ainda um inquérito em curso da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).
A demora na resposta às chamadas de emergência agravou-se durante a greve de uma semana às horas extraordinárias dos técnicos de emergência pré-hospitalar, que reclamam a revisão da carreira e melhores condições salariais.
A greve foi suspensa após a assinatura de um protocolo negocial entre o Governo e o sindicato do setor.
O presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) assumiu ontem que foi impossível cumprir os serviços mínimos durante a greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH), ao não conseguir obter uma escala acima dos 70% de trabalhadores.
“Apesar de nós termos emitido uma circular e contactado diversos trabalhadores, com muitos esforços, não conseguimos que a escala tivesse sido cumprida acima dos 70%”, disse aos jornalistas Sérgio Janeiro, após ter-se reunido com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
Questionado se os trabalhadores se recusaram a cumprir os serviços mínimos, Sérgio Janeiro disse que essa “situação vai ser avaliada e investigada”.
“Primeiro vai haver um processo de inquérito e, naturalmente, se houver lugar a processos disciplinares, naturalmente apuraremos responsabilidades. […] Nós vamos averiguar em detalhe todas as notificações que foram feitas e todo o contexto envolvendo desta situação, sustentou.
ZAP // Lusa
Caos no INEM
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13 Novembro, 2024 INEM entre a “fuga” e a “refundação”: Ministra passa a ter controlo direto do serviço
«…Morreram Portugueses devido a este Sistema Político, legislação do indiscutível Direito à greve. Os situacionistas, comensais à mesa do Estado que infelizmente ainda gramamos, insistem em deitar sempre poeira nos olhos do Povo, fingindo “averiguar” “responsáveis”… E um 26 de Abril?…» – Alberto João Jardim (https://x.com/AlbertoJoaoJar1/status/1855978262393921795)
O problema é estrutural e político.
E agora vão dar as culpas a uma mão cheia de trabalhadores a quem, por azar, vão poder instaurar processos disciplinares por uma qualquer ‘virgola’ fora de sítio?
As perguntas que devem ser feitas: porquê que ninguém quer ir trabalhar para o INEM? porquê que o INEM antes e desde a sua fundação funcionava correctamente e a partir de 2012 passou a funcionar mal? quais são os critérios e a fundamentação para recrutamento e selecção de elementos para o INEM?
É preciso obrigar os elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) desde o topo até à base da cadeira hierárquica a declarar se colaboraram/pertenceram ou colaboram/pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.), depois de identificados terão de sair, os sindicatos assim como toda e qualquer actividade sindical proibida, os despedimentos implementados na Função Pública, e definir a escolaridade obrigatória pela data de nascimento e realizar testes psico-técnicos para saber se possuem perfil para a profissão.
«…As queixas sobre o funcionamento do INEM não são de agora, mas o estado a que ele atualmente chegou passa o inadmissível; é revoltante! Nos países civilizados isto não existe, porque aí há consequências, logo que acontece uma falha. É este o resultado da nossa falta de rigor….» – Presidente Rui Rio (https://x.com/RuiRioPT/status/1855269202929619296)
Brutal coerência do Figueiredo ah meses a fazer copy paste do mm texto, e a citar o mentecapto do rio
Perante a constante mentira e propaganda do regime, a verdade deve ser igualmente repetida.
Por o rapazinho socialista do sindicato do INEM a julgamento a perguntar pk só agora se lembrou da greve.
No tempo do Costa não convocou a greve. Estes pantomineiros perecebe-se tão bem o que querem.