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Guardian aponta fecho de escolas a tempo como a chave do sucesso de Portugal no combate à covid-19

José Sena Goulão / Lusa

O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales

O britânico Guardian destacou a decisão do Governo em fechar escolas e universidades a 16 de março e entrar em quarentena logo ao início das infeções no sucesso ao combate à pandemia da Covid-19 em Portugal.

Segundo noticiou o Diário de Notícias (DN) os ingleses consideram a decisão do Governo tornou-se muito importante, tendo em consideração o facto de 22% da população portuguesa ter mais do que 65 anos. Esta medida, tomada antes da maioria dos país europeus, resultou uma taxa de transmissão muito menor.

O Guardian comparou Portugal, no mesmo artigo, com os exemplos de Espanha (mais que 195 mil casos e cerca de 20 mil mortes) e França (153 mil casos e também 20 mil vítimas mortais). No território nacional a percentagem da mortalidade pela Covid-19 é de 3%, em Espanha 10%, no Reino Unido e na Bélgica 23%.

Em declarações ao jornal britânico, o do secretário de Estado da Saúde, António Sales, sublinhou o facto de o Governo ter “tomado as medidas certas no tempo correto”, depois de monitorizar a velocidade de propagação a partir do fim de janeiro. O fecho das escolas foi decidido quando se contabilizavam 112 infetados e ainda nenhuma morte, notou.

“A resposta portuguesa ao surto global de coronavírus foi, desde o início, baseada nos melhores conselhos científicos e na experiência de outros países”, referiu, acrescentando que o país estava preparado “para o pior cenário desta pandemia”.

E apontou: “Antecipando a disseminação da infeção e transmissão da comunidade, o Governo decidiu fechar as instituições educacionais para limitar o contato de uma grande quantidade de pessoas em um local confinado”.

Sales destacou o aumento o número de ventiladores e de camas nos hospitais.

“Entre dezembro de 2015 e dezembro de 2019, a força de trabalho nacional em saúde aumentou 13%, o que significa que mais de 15 mil profissionais de saúde, incluindo 3.700 médicos e 6.600 enfermeiros, estão a trabalhar”, disse. “Além disso, entre 2015 e 2019, os gastos do governo com saúde aumentaram 18% (1.6 mil milhões de euros)”.

O artigo do Guardian destacava ainda a oposição portuguesa no momento atual.

ZAP //

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