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Granadeiro, Bava, Barroca e grupo Lena também pedem abertura de instrução

João Relvas / Lusa

Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, antigos administradores da Portugal Telecom

Os arguidos Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Bárbara Vara e Joaquim Barroca e empresas do grupo Lena pediram abertura de instrução do processo Operação Marquês, que envolve também o ex-primeiro-ministro José Sócrates.

Segundo informação prestada pelo gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República (PGR), estes foram os requerimentos de abertura de instrução apresentados até às 16h00 de hoje.

Henrique Granadeiro e Zeinal Bava são antigos administradores da PT, Bárbara Vara é filha do antigo ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara (também arguido na Operação Marquês) e Joaquim Barroca é administrador do Grupo Lena. As empresas do grupo Lena que solicitaram a abertura de instrução são a Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA.

Anteriormente, os advogados de Armando Vara, do empresário Carlos Santos Silva e de Diogo Gaspar Ferreira, do grupo Vale de Lobo, anunciaram a intenção de apresentarem também pedidos de abertura de instrução.

O ex-ministro está acusado da prática de dois crimes de corrupção passiva, um de branqueamento de capitais e dois de fraude fiscal qualificada e o amigo de longa data de Sócrates está, por sua vez, acusado por corrupção, branqueamento de capitais, fraude fiscal e falsificação de documentos.

Um dos advogados de José Sócrates, João Araújo, remeteu para os próximos dias esclarecimentos sobre a posição a tomar pelo ex-primeiro-ministro. A Operação Marquês tem no ex-primeiro-ministro o seu principal arguido, estando acusado de 31 crimes de corrupção passiva, falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

A acusação sustenta que o ex-govrnante recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos (GES) e na PT, bem como por garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

ZAP // Lusa

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