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Granadas roubadas em Tancos eram obsoletas e valiam apenas 34 mil euros

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Miguel A. Lopes / Lusa

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Artur Pina Monteiro (C), acompanhado pelo primeiro-ministro, António Costa (D), e pelo ministro da Defesa, José Azeredo Lopes (E)

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Artur Pina Monteiro (C), acompanhado pelo primeiro-ministro, António Costa (D), e pelo ministro da Defesa, José Azeredo Lopes (E), fala aos jornalistas

O chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas afirmou esta terça-feira que o roubo em Tancos “representou um soco no estômago”, mas adiantou que o material militar furtado está avaliado em apenas 34 mil euros e tinha sido “seleccionado para abate”.

Artur Pina Monteiro falava em São Bento no final de uma reunião com o primeiro-ministro, António Costa, na qual estiveram também presentes os chefes dos três ramos das Forças Armadas e o ministro da Defesa, Azeredo Lopes.

Segundo revelou Pina Monteiro, “depois de uma avaliação muito detalhada sobre as condições que foi roubado, importa referir que tem um valor de cerca de 34 mil euros“.

O CEMGFA adiantou ainda que os lança-granadas foguete que foram roubados de Tancos “provavelmente não terão possibilidade de ser utilizados com eficácia.

“Porquê?” questionou Pina Monteiro. “Porque, como nós dizemos em gíria militar, eles já estavam seleccionados para serem abatidos“, respondeu o CEMGFA.

Para o CEMGFA, que falou antes do primeiro-ministro, o roubo de material militar em Tancos constituiu “um soco no estômago” para as Forças Armadas, mas salientou que a seguir a instituição militar “levantou a cabeça”.

Garantia de que há segurança nas instalações militares

Após as declarações de Pina Monteiro, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou  que os chefes dos ramos das Forças Armadas deram garantias ao Governo de que foram tomadas as medidas que asseguram ao país a segurança das instalações e a plena operacionalidade das forças militares.

“O Governo fica tranquilo quando o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Artur Pina Monteiro, e os chefes dos três ramos, Exército, Armada e Força Aérea, asseguraram ao país a segurança das instalações militares“, declarou António Costa.

Depois da garantia recebida por parte dos responsáveis máximos dos diferentes ramos militares, o líder do executivo assegurou que o Governo, por sua vez, “mantém a sua confiança em toda a cadeia de comando das Forças Armadas”.

“Estamos certos de que, na sequência deste facto grave que ocorreu, foram tiradas as lições e adotadas as medidas que permitirão reforçar a segurança e garantir a plena operacionalidade das Forças Armadas”, sustentou o primeiro-ministro.

A reunião aconteceu depois de a 29 de junho o Exército ter anunciado que foram furtados dos Paióis Nacionais de Tancos, concelho de Vila Nova da Barquinha, granadas de mão, granadas anticarro e explosivos.

ZAP // Lusa

24 Comments

  1. Claro!!! agora era material obsoleto…..
    + 1as pazadas de areia nos olhos do povo!!
    para quando 1 pouco de respeito??
    como é possivel neste país haver tanto gatuno e tanto ladrão??!!

    • …mete pazadas nisso. Eu diria que isto não são pazadas… isto é um camião dos grandes cheio de areia a ser descarregado nos olhos do povo.

      Estes gajos tomam mesmo o povo por parvo.

  2. Ainda hoje rebentam bombas da II Guerra Mundial. Essas estavam “fora de prazo” há décadas. Mas matam pessoas. Estes indivíduos estão a tentar passar um atestado de estupidez aos portugueses.

  3. Considero que se deveriam condecorar no 10 de junho os homens que decidiram limpar o paiol de material obsoleto pelos excelentes serviços prestados à Pátria. Mais… não foi preciso pedir-lhes. Tiveram a iniciativa de perante um problema, arquitetar e implementar uma solução imediata, sem importunar quem quer que fosse. Isto sim… é de homem condecorável.

    Mas estes bandalhos pensam que isto é uma república africana ou da américa do sul?! Estou cada vez mais estupefacto com isto tudo! Até quando é que o povo come disto?

  4. “O Governo fica tranquilo quando o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Artur Pina Monteiro, e os chefes dos três ramos, Exército, Armada e Força Aérea, asseguraram ao país a segurança das instalações militares“, declarou António Costa.

    Helloooooooooooooooooooooo! Acabaram de roubar um paiol do exército sem disparar um único tiro e sem ninguém dar por isso!

    Na mesma linha de pensamento asseguro também a todos que no próximo fim-de-semana vai sair-me o Euromilhões e podemos encontrar-nos todos na Caparica para beber umas cervejas. O Costa já deve estar a caminho…

  5. Como o exercito está falido , mas os Generais , foram ensinados a escapar ilesos dos ataque, eis uma boa solução para resolver tamanho problema : Assim colocaram um anuncio na internet, secção terroristas, dá-se :
    Armas obsoletas prontas a disparar
    Dá-se a quem comprovar ,que não mata
    vigilância zero , facilidade de transportar
    buraco na rede, incluído na boa fé , desta oferta

  6. Foi um favor que nos fizeram. Aliás, quem roubou podia fazer-nos um favor maior: levar o resto e as cúpulas militares (chefes militares) juntamente.
    Pobres militares que têm chefes que estão subjugados a um poder político que não sabe assumir a responsabilidade objetiva que detém.
    Estas chefias militares são mesmo chefes insignificantes.

  7. Felizmente que se encontrou uma solução consensual para militares e governo, tudo aquilo não passam de armas que não valem um pataco e são de tal maneira inofensivas que possivelmente vão estar à venda em bazares já na próxima época natalícia para que os país ofereçam aos filhotes amantes de cowboys.

  8. Então está tudo bem. Descubram a empresa de mudanças que levou o material obsoleto e paguem-lhes o trabalho e a despesa do transporte.

  9. Não é aceitável que tentem minimizar este roubo alegando o baixo valor do material roubado!
    Trata-se de um roubo que envolveu MATERIAL de GUERRA e independentemente do seu valor é algo de muito grave.
    Quem, agora, tende desvalorizar o valor monetário do roubo e alega o mau estado do material roubado será muito bem capaz de mandar punir alguém que perca um carregador de uma G3 ou deixe desaparecer uma “glock” em exercícios no mato e são coisas de muito menos valor.
    Uma simples sovaqueira, cacetete ou polaina é considerado material de guerra e no meu tempo de tropa quem deixasse desaparecer algum destes artigos ia ver-se em graves problemas.
    A desvalorização do caso está a ser feita para salvaguardar alguém e que certamente não serão os militares que, sem condições de segurança, tinham a responsabilidade da guarda desses paióis.
    Interessa passar panos de água quente porque, afigura-se-me que o poder político é culpado disto e as altas hierarquias do Exércitro também o são porque tentam não incomodar os politicos com estas coisas, esperando cair em graça e tirar partido disso no futuro. Os cortes orçamentais deixaram as FA de rastos e para brilharem lá fora -porque cá dentro é do tipo “casa de ferreiro espeto de pau”-, por vezes nem se imagina o esforço humano a que estão sujeitos.

  10. Parece que as minas ou outros objetos deixados em Angola ou na 2ª Guerra Mundial não há perigo de explosão, pois estão obsoletas.
    Sr General tenha tento com a língua, pois parece que o Sr. só serve para receber o seu vencimento ao fim do mês, que não é tão pouco e com a garantia de uma reforma Charuda

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