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Governo suspende todos os voos de e para fora da UE (mas há exceções)

Mário Cruz / Lusa

António Costa falou ao país para anunciar que todos os voos que tenham destino à União Europeia, ou que partam da União Europeia para fora dela, serão suspensos. Mas há exceções.

Esta terça-feira, António Costa deu conhecimento das decisões tomadas pelo Conselho Europeu que se reuniu por videoconferência. Nesse sentido, a partir das 24h desta quarta-feira, todos os voos que tenham destino à União Europeia, ou que partam da União Europeia para fora dela, serão suspensos.

No caso de Portugal, aplicam-se restrições aos “países extracomunitários onde há uma forte presença de comunicadas portuguesas“, como o Canadá, Estados Unidos da América, Venezuela e África do Sul.

As ligações aéreas aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) também se mantêm na sua totalidade e, no caso do Brasil, as rotas “serão restringidas a exclusivamente em dois pontos: Lisboa – Rio de Janeiro e Lisboa – São Paulo”.

“A regra quanto aos voos extra-comunitários é precisamente essa: fechar. É uma luta contra o vírus, mas que temos de travar também por respeito aos nossos valores. Não podemos abandonar os portugueses que estão no estrangeiro, temos de estabelecer essa ligação”, explicou o governante.

As restrições estão em vigor ao longo dos próximos 30 dias. O Conselho Europeu decidiu não suspender o Espaço Shengen, remetendo para cada país uma decisão sobre o fecho das suas fronteiras terrestres com outros Estados-membros.

Em relação à declaração de emergência, o primeiro-ministro reforçou que essa decisão cabe à Presidência e que será divulgada na próxima quarta-feira. Já no que diz respeito a Ovar, Costa explicou que “foi a primeira localidade onde as autoridades de saúde classificaram como existindo uma situação de transmissão comunitária”.

Impunha-se elevar o nível de alerta para o nível de calamidade“, declarou.

António Costa revelou ainda que entre os principais temas discutidos na reunião do Conselho Europeu extraordinário estiveram o material de proteção individual e para os hospitais. Assim, o primeiro-ministro alertou “que em nenhum país há abundância de equipamentos porque nenhum país da UE tem os equipamentos necessários para uma situação extraordinária como a que estamos a viver”.

No caso de Portugal, “temos 1142 ventiladores“, sendo que “muitos deles estão a ser utilizados por doentes não com coronavírus, mas de outras doenças”.

António Costa adiantou ainda que “a UE organizou um concurso centralizado de compra de ventiladores para apoiar os esforços que cada um dos estados-membros estão a fazer”.

ZAP //

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