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Marcelo pressiona, mas Governo só apresenta desconfinamento daqui a 15 dias

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António Pedro Santos / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, durante uma reunião por teleconferência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

Apesar de o Presidente da República estar preocupado com a falta de um plano concreto para preparar o desconfinamento, o Governo só pretende divulgar essa estratégia depois da próxima reunião no Infarmed.

Marcelo Rebelo de Sousa começou, esta terça-feira, a ouvir os partidos com assento parlamentar sobre a renovação do estado de emergência. Segundo o jornal online Observador, o chefe de Estado demonstrou estar desconfortável com a aparente falta de um plano de desconfinamento.

Fonte do Executivo explicou ao jornal digital que estão a “trabalhar com os peritos sobre os critérios que permitirão o desconfinamento”. Relativamente às medidas para os próximos dias, que serão definidas esta quinta-feira, não deverão fugir muito às deste estado de emergência.

O aumento da circulação dos cidadãos que se tem registado nos últimos dias é um motivo de preocupação para o Governo, que tem receio que esta situação “deite tudo a perder”. Por isso, é este o argumento apresentado para não dar já a conhecer a estratégia.

“É prematuro discutir publicamente o tema. Primeiro porque não devemos criar falsas expectativas. Mas sobretudo porque pode dar um sinal errado de que o pior passou e o risco diminuiu”, disse o elemento do Executivo ao Observador.

Os governantes só pretendem dar a conhecer a estratégia preparada para o desconfinamento depois da próxima reunião no Infarmed, daqui a 15 dias. A mesma fonte garantiu que este “será gradual, tal como aconteceu em maio passado”.

Tal como já tem sido anunciado, as escolas, que estão encerradas desde 22 de janeiro, serão as primeiras a reabrir. Só não se sabe muito bem quando, embora o Presidente da República já tenha manifestado a sua intenção de isso só acontecer em abril, depois da Páscoa.

Esta terça-feira, mais de 200 pessoas, entre professores, pais, economistas, cientistas, médicos, psicólogos, pediatras, epidemiologistas e gestores, assinaram uma carta aberta que defende o regresso ao ensino presencial e a reabertura de algumas escolas – creches, pré-escolar e ensino básico – a partir do início de março.

ZAP //

2 Comments

  1. Esta pressão do Marcelo é, inegavelmente, risível. No Natal, não foi conveniente fechar grande parte dos estabelecimentos, mas, agora, parece que o gajo está a cumprir, pelo menos, um por cento da sua função presidencial, mal prestada, devo afirmar.
    “Desconfinamento”, “Reabertura”… estes vocábulos não deveriam estar na cabeça das pessoas. Ainda é muito cedo. A terceira vaga terminou há quase um mês. O vírus continua entre nós. Qualquer deslize, que o Governo permita, mediante o desconfinamento, vai piorar a situação de Portugal. Mas estes tolos só pensam no dinheiro no final do mês…

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