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Família de Pedro Dias teve “carta branca” da PJ para o entregar

Paulo Novais / Lusa

Pedro Dias, suspeito de um duplo homicídio em Aguiar da Beira

Pedro Dias, suspeito de um duplo homicídio em Aguiar da Beira

Uma semana depois dos homicídios em Aguiar da Beira, as autoridades reuniram-se com os familiares de Pedro Dias, propondo-lhes que entregassem o filho nas condições que os próprios definissem.

Na entrevista exclusiva à RTP antes do momento da detenção, Pedro Dias afirmou que tentou mais do que uma vez entregar-se às autoridades mas que nunca conseguiu porque foi “perseguido como um animal” e teve medo de “levar um tiro”.

Agora, segundo o Jornal de Notícias, essa é mais uma das afirmações do alegado homicida que não bate certo com a versão das autoridades.

De acordo com o diário, uma semana depois dos crimes em Aguiar da Beira, a Polícia Judiciária e o Ministério Público encontraram-se com os pais do suspeito para lhes propor que entregassem o filho sob as suas próprias condições.

A reunião aconteceu em casa dos familiares de “Piloto”, como ficou conhecido, e terá durado várias horas. A PJ explicou aos familiares que se fossem contactados pelo filho e quisessem colaborar, poderiam escolher com ele um local e uma data para se entregar.

O homem, de 44 anos, é acusado de dois crimes de homicídio qualificado, outros três na forma tentada, três crimes de sequestro e um de roubo.

Pedro Dias foi inicialmente colocado em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional da Guarda, tendo sido depois transferido para a cadeia de alta segurança de Monsanto, em Lisboa.

Os advogados de defesa, entre eles Mónica Quintela, já anunciaram que vão recorrer da decisão para o Tribunal da Relação de Coimbra.

ZAP

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