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Estudo do Ministério da Economia admite aumento de impostos para pagar dívida

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António Cotrim / Lusa

Um estudo do Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia admite que, para pagar a enorme dívida acumulada devido à pandemia de covid-19, será necessário, no futuro, cortar despesa ou aumentar impostos.

De acordo com o Diário de Notícias, o Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) fala de “um possível agravamento da carga fiscal futura na sequência do aumento da dívida pública” que terá um “efeito recessivo sobre a procura doméstica”.

“Embora a poupança forçada que está a ocorrer durante a crise venha a ser progressivamente reduzida, com um efeito positivo temporário na recuperação dos sectores mais afetados, este efeito não será suficiente para compensar a quebra do consumo associado ao confinamento e à redução do rendimento por via do aumento do desemprego e do previsível reforço da carga fiscal”, escrevem os autores do estudo.

“Tendo em conta o elevado endividamento da economia portuguesa, a possibilidade de gerir a dívida de forma sustentável sem recurso a uma política orçamental mais restritiva poderá estar mais limitada. O efeito desta política (quer através de cortes nas despesas ou de um agravamento da carga fiscal) exercerá certamente um efeito recessivo sobre a procura doméstica prejudicando a retoma da economia”, lê-se no documento citado pelo DN.

Os autores concluem que os apoios “deverão estar especialmente orientados para sectores com vocação externa e sujeitos a concorrência internacional“, por estarem “menos dependentes do mercado nacional, onde o elevado endividamento irá condicionar mais a evolução da procura doméstica”.

Segundo o DN, os autores destacam o turismo devido à importância que tem tido nos últimos anos. “Qualquer apoio ao sector do turismo deverá ser orientado para segmentos de mercado onde o crescimento do sector possa ser sustentado (por exemplo, segmento de luxo ou turismo ecológico ou de saúde), menos afetados pelo aumento de preço das viagens”, indicando que “será espectável que o designado “turismo de massas” bem como as deslocações de negócios (congressos, conferências) sofram uma redução substancial nos próximos tempos”.

Entre os setores de atividade que poderão recuperar mais rapidamente e de forma mais sustentada encontram-se o setor automóvel, a fileira do papel, a agricultura ou a indústria da madeira.

As projeções do Ministério das Finanças apontam para uma dívida de 134,4% do PIB, sendo ultrapassadas pelas projeções da OCDE: 136%.

O novo ministro das Finanças, João Leão, tem dito que o Orçamento Suplementar não implica cortes nos apoios sociais nem aumento de impostos. Porém, em meados de abril, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira afirmou que “a despesa do Estado hoje são impostos amanhã quando foi questionado sobre apoios a fundo perdido para as empresas.

O primeiro-ministro António Costa tem rejeitado várias vezes uma política de austeridade.

ZAP //

28 Comments

  1. Ficaram ricos com o dinheiro da EU que era para ajudar as famílias, e não apareceu nem um terço, e agora querem aumentar impostos.. Deviam era serem todos executados.

  2. E que tal um estudo em que: reduzem o parlamento para 1/4.
    Redução ao mínimo dos assessores, comitivas, etc…
    Quem quer condutores e viaturas paga do bolso deles.
    Redução dos salários para quem recebe mais do que 1000 euros na função pública.

      • Essa não percebi!!! Então o Estado não precisa de ganhar mais dinheiro e gastar menos?! Nesse caso se reduzir os salários dos privados lá se vão as contribuições para a segurança social. De igual modo, reduzindo os salários dos privados reduz o poder de compra e consequentemente as receitas do IVA, IMT, IUC,… e por aí fora.
        Ao reduzir o salários dos funcionários públicos diminui os seus gastos. Obviamente também perderá nos impostos por via da redução do consumo mas o ganho será imediato.

      • Vê-se bem que o Nuninho, é daqueles que faça muito ou faça pouco, com mais crise ou menos crise , tem sempre o dele garantido ao fim do mês

    • Cada povo tem o desgoverno que merece… quem calhaus semeia calhaus colhe, quem vagabundos e xulos vota, xulos e vagabundos tem para os “limpar”e “aliviar”… e viva o povo troglodita “latrino” da tugalândia!!!! Paga jumento… um “lindo” futuro nos espera….

  3. o covid vai servir de desculpa por muito tempo. até veio em boa hora!
    noutros negocios corta-se na despesa, no estado aumenta-se a receita! tipico! pode ser que seja do covid

  4. O primeiro-ministro António Costa garante que a “receita” para resolver a crise não é a da austeridade, como em 2008. “Já na altura não acreditei nela”, diz António Costa.

    • Este comentário revela um problema dos portugueses geralmente alimentado pela comunicação social. A ordem de grandezas que estão em causa não vão lá com o Salgado e a Belita. Tem de ser grande parte da população a pagar. Só assim se conseguem atingir os números que serão necessários. Mesmo que os ricos dessem tudo não chegaria.
      E ainda há outro comentador que fala no número de deputados…
      Isso é a mesma coisa que comparar um mão cheia de areia com o deserto do Saara.

  5. Estudo do Ministério da Economia admite aumento de impostos para pagar dívida
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    Já começam a mandar o barro à parede e a preparar os cordeiros para a tosquia.
    Não foi a geringonça que afirmou não haver Austeridade ??

  6. Como ainda não me considero tolo ao ponto de acreditar nas tretas do senhor Costa, logo a de não haver austeridade, como se ela não estivesse aí instalada em cada família, é mais do que certo que os impostos irão aumentar, se não aumentarem inventam outros. Estes senhores governantes estudiosos ainda receberiam lições de bem gerir, de muitos analfabetos que sabem o quanto custa gerir o orçamento de um lar com pouco dinheiro, bem mais difícil, pois não têm como eles a possibilidade de meter a mão no bolso do contribuinte sempre que necessitem ou lhes venha à cabeça.

  7. Ora no “mundo” político saloio socialista que governa este pais, agora mesclado com o folclórico pensamento lelinista- marxista de um BE, e uma coisa que o pacóvio português chamou muito alegremente “geringonça”, com gente deste reles calibre , que recebem dos outros oferecido (UE) e que dão á desmedida milhões a trapalhões (Tap; Novobanco; etc) que se poderia esperar ? Cada país tem o povo que merece ! Oh! Portugal , este povo fica-te bem! – Não foi sempre assim ?!

    • Enganou-se nas últimas afirmações.
      Cada povo tem o país que faz e os governantes que quere!
      No caso de Portugal, estamos como estamos por culpa da quase totalidade da sua população. População que perdeu, há muito tempo, a legitimidade para contestar seja o que for.

  8. A receita para a retoma económica é em primeiro lugar mandar este PM e governo embora! É o governo de todas as trapalhadas. Já tarda!
    Se não fosse o compadrio do PR tinha ido logo nos incêndios de Pedrogão, no roubo de Tancos, no caso das pistolas Glock.

  9. em vez aumentar impostos deveriam era aplicar a lei e multar aqueles que não separam lixo conduzem fora da lei e muito mais que vemos ao circular

  10. Acredito bem que sim, e que o nosso futuro será bem negro infelizmente a pandemia destruiu o mundo e tirou-nos os sonhos.

  11. Eles mentem todos os dias e a rirem-se do Zé Povinho que faz sacrifícios para eles encherem os bolsos à grande ….. quando é que os portugueses vão acordar????

    • Os Portugueses estão mais que acordados, assim que cada vez mais impotentes em se revoltar a serio, Não é com greves disto e daquilo, manifestações por aquilo e aqueloutro e votos em branco que a vergonhosa situação en que o Pais se encontra se vai resolver !…o mal está profundamente enraizado em todos os sectores da Sociedade, e não vejo uma solução para por fim a este “pântano” !

  12. Não era aumentar impostos, era ir buscar os impostos dos dinheiros que fogem para os paraísos fiscais, das grandes empresas portuguesas sediadas na Holanda (às quais os nossos impostos proporcionam todas as infraestruturas de que necessitam) e aos bolsos de quem lesou os recursos do estado como: Joe Berardo, Mexia, Sócrates, Manuel Pinho, Ricardo Salgado, Dias Loureiro e eu sei lá quantos mais?! Não é ir tirar dinheiro dos salários dos funcionários públicos, porque esses descontam sobre tudo quanto ganham! E a alguns privados convém-lhes receber algum por debaixo da mesa e outros com recibo o trabalho é um preço e sem recibo é outro!Vamos é acabar com estas mentiras!!
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