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ESA e Roscosmos vão tentar aterragem histórica em Marte

ATG Medialab / ESA

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O módulo Schiaparelli a separar-se da sonda TGO (Trace Gas Orbiter) da missão ExoMars 2016

A missão ExoMars 2016, uma parceria entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos), deverá chegar a Marte no dia 16 de outubro e lançar o módulo Schiaparelli para a superfície do planeta, para realizar estudos ambientais.

O foguetão Proton-M que integra a missão foi lançado a partir de Baikonur, no Cazaquistão, no dia 14 de março deste ano.

A missão ExoMars tem como objetivo encontrar sinais de atividade biológica e geológica em Marte e, se tudo correr conforme o planeado, a NASA deixará de ser a única agência espacial a ter realizado, com sucesso, uma aterragem no planeta.

Mais de 40 missões foram enviadas para o planeta vermelho desde o início de 1960.

A primeira tentativa de levar uma sonda para Marte teve lugar em Novembro de 1962, mas a sonda espacial da União Soviética, designada de Sputnik 24, não conseguiu deixar a órbita da Terra.

Os Soviéticos repetiram a experiência em 1971 e 1973, mas todas as sondas se destruíram com o impacto ou simplesmente não conseguiram chegar ao local planeado.

A Agência Espacial Europeia também não tem muita experiência – em 2003, a sonda Beagle 2 chegou à superfície de Marte, mas os seus painéis solares falharam e o equipamento ficou sem energia e sem qualquer contacto com a Terra.

Agora, a ESA têm enormes expectativas que a missão ExoMars, em parceria com a Roscosmos, aterre no planeta sem se destruir pelo caminho.

ESA/ATG medialab

Ilustração do interior da Schiaparelli, módulo de demonstração de Entrada, Descida e Aterragem da ExoMars 2016.

Ilustração do interior da Schiaparelli, módulo de demonstração de Entrada, Descida e Aterragem da ExoMars 2016.

Segundo os especialistas, a missão leva a bordo a sonda TGO (Trace Gas Orbiter) e o módulo Schiaparelli, que vão chegar ao planeta no dia 16 de outubro e depois vão separar-se.

A sonda TGO vai ficar numa órbita elíptica de 96 horas de duração à volta de Marte, para recolher dados sobre a sua atmosfera e procurar metano – que na Terra é responsável por originar processos biológicos e geológicos -, vapor de água e outros gases.

Já o módulo Schiaparelli irá pousar, no dia 19, no planeta vermelho, para medir a velocidade do vento, humidade, pressão atmosférica e temperatura de Marte.

O local previsto de aterragem é a região Meridiani Planum, e a descida deverá demorar seis minutos.

Os especialistas revelam que o módulo Schiaparelli tem de entrar na atmosfera de Marte num ângulo perfeito – caso contrário irá sobreaquecer – e o paraquedas precisará de abrir corretamente, enquanto que três conjuntos de propulsores vão ajudar a diminuir a velocidade da sonda.

O Schiaparelli tem apenas uma hipótese de aterrar corretamente no planeta e qualquer erro que aconteça nesta missão será analisado para uma próxima missão, em 2020.

BZR, ZAP / Hypescience

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