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“Em política, o ridículo mata”. Cabrita “suicidou-se” e Pedro Nuno Santos devia sair “pela porta grande”

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Carlos Barroso / Lusa

Luís Marques Mendes

No seu habitual espaço de comentário na SIC, Luís Marques Mendes disse que Pedro Nuno Santos foi “humilhado” por António Costa e devia ter pedido a demissão. Já Eduardo Cabrita “não tem condições para continuar em funções”.

O comentador da SIC disse, este domingo, que o primeiro-ministro António Costa “maltratou”, “desautorizou”, “humilhou” e “desacreditou” em público o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos.

Segundo Marques Mendes, “o Governo tinha mesmo a intenção” de levar o plano de reestruturação da TAP a votos no Parlamento, uma vez que foram feitos contactos oficiais com o PSD, mas considera que o primeiro-ministro só tinha um de dois caminhos: ou dar uma “reprimenda” ao ministro em privado ou demiti-lo de funções.

O ex-líder do PSD disse que atribuir a informação a uma “má fonte” é uma forma de dizer que o ministro “não é credível, não é confiável, é melhor não acreditarem na palavra dele”.

“Isto não é só desautorizar um ministro. É maltratá-lo é desacreditá-lo na praça pública. Nem Sócrates, com o feitio que tinha, fazia isto. Muito menos António Guterres, que tinha princípios e era um senhor”, afirmou Marques Mendes. “Nunca na vida tinha visto isto”.

Ainda assim, Marques Mendes critica também Pedro Nuno Santos. “Não sai bem desta fotografia: foi desautorizado publicamente. Se foi desautoriazado, só tinha um caminho, pedir a demissão e sair pela porta grande“. Por outro lado, elogia o facto de não ter disfarçado “a derrota” e de ter assumido. “Isso é nobreza de caráter”.

Cabrita “não tem condições para continuar em funções”

Se Costa, por um lado, “desautorizou e humilhou um adversário interno” [Pedro Nuno Santos], “segurou um ministro que é amigo” – Eduardo Cabrita.

Porém, Marques Mendes não tem dúvidas que o ministro da Administração Interna “não tem condições para continuar em funções”, uma vez que sobre o SEF “agiu tarde e a más horas” .

“Já está a ser criticado por toda a gente, incluindo do seu partido. Em política o ridículo mata e este ministro suicidou-se“, afirmou Marques Mendes.

Marques Mendes criticou a postura e declarações de Cabrita no final de uma reunião de Conselho de Ministros. “O ministro vangloriou-se e ele é que esteve mal. Um ministro que atua desta maneira deve ser posto na rua“, defendeu o comentador.

Marques Mendes também apontou o dedo a Costa, notando que “tem enormes responsabilidades”, já que “durante nove meses, que se saiba, não fez nada”. “O primeiro-ministro aqui não liderou. Não chega ter habilidade, é preciso ter capacidade de liderança”, referiu. “O primeiro-ministro só tinha uma solução: substituir o ministro. Optou por defender um amigo“.

Marques Mendes disse ainda ser “inqualificável” o facto de o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, ter revelado os pormenores da conversa que teve com o Presidente da República sobre o futuro do SEF. As declarações demonstram, segundo Marques Mendes, “a falta de autoridade do ministro“. “A solução é ser substituído. Quanto mais tarde pior”, reforçou.

A recandidatura de Marcelo e o estado da pandemia

Em relação à recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes disse que “não é uma surpresa” – nem a sua reeleição.

O comentador disse que Marcelo teve problemas sérios nestes cinco anos, que resolveu bem: a crispação do país no início do mandato; os fogos florestais a meio; e a pandemia do fim.

Porém, isto pode mudar nos próximos cinco anos, segundo Marques Mendes, que citou alguns riscos que podem complicar um segundo mandato: uma eventual crise política, a mudança de líder no PS (que diz ser “praticamente inevitável) e a alternativa de centro-direita.

Em relação à pandemia, Marques Mendes sublinhou que o número de infetados está a baixar ligeiramente, mas o número de internados e óbitos aumenta.

Além disso, o comentador falou numa contradição sobre o Natal. Enquanto a Chanceler alemã Angela Merkel fez um apelo emotivo ao Parlamento alemão para a tomada de medidas mais restritivas por causa do Natal, em Portugal, as restrições foram aliviadas para a quadra festiva.

É simpático, é popular mas pode tornar-se muito arriscado. Se em janeiro a situação se agravar, já sabemos quem responsabilizar. Entretanto, esperemos que os portugueses sejam mais responsáveis que o Governo”, disse.

ZAP //

5 Comments

  1. Pedem logo a cabeça dos ministros. Deveriam era nomear um director/a para trabalhar em regime nocturno, para controlar a accão dos policias, senão fazem o que querem.

  2. Deviam sair todos, e mandar vir gente nova, por encomenda.

    Porque, infelizmente, somos governados por alguém cujo sopro de dignidade se desvanece na primeira atuação do dia custoso.

  3. Estou aqui na terra do Nuno Santos, em São João da Madeira, e está aqui um senhor a dizer-me que ele é um trotskista muito forte, e que a TAP já foi.

  4. Não tenho nada contra nem a favor com o M Mendes nem o PSD, assim como também com a SIC alem de não gostar do desrespeito para com os telespectadores quer no que diz respeito a Programação e falta de jornalismo em vez de pivôs, mas gostava de saber, as autoridades não dizem, o que MM terá feito em beneficio da SIC para que a SIC esteja obrigada a manter o seu posto semanalmente á já largos anos, já o mesmo se passa na TVI com o Paulo Portas e outros do flanco extremo de direita da politica portuguesa, a TVI até parece ter um tipo casa do Artista para políticos de extrema direita desempregados ou reformados, já que as autoridades fazem que não veem.

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