O ministro das Infra-estruturas, Pedro Nuno Santos, defendia que o plano de reestruturação da TAP devia ter o apoio da maioria do Parlamento, indo a votos na Assembleia da República (AR), mas o Governo rejeitou a ideia do governante.
De acordo com o jornal Público, que avança a notícia esta quinta-feira, a pretensão de Pedro Nuno Santos não agradou ao Governo, nem mesmo ao PSD.
Governo e PSD não consideram aceitável que uma matéria de estrita responsabilidade governamental fosse a votos na AR. Além disso, e na eventualidade do plano de reestruturação não reunir maioria parlamentar, a alternativa era fechar a empresa.
A líder da bancada socialista, Ana Catarina Mendes, descartou a hipótese esta quarta-feira.
“É um plano de reestruturação cuja competência é do Governo. Não há nenhuma necessidade de um plano de reestruturação de uma empresa estratégica como a TAP ser votado na Assembleia da República”, afirmou a socialista, afastando, para já, que seja necessário um Orçamento Retificativo.
Em declarações aos jornalistas no parlamento depois de uma reunião com o Governo sobre o plano de reestruturação da TAP, Ana Catarina Mendes foi questionada sobre a posição do presidente do PSD, Rui Rio, que considerou que levar a votos este documento seria “uma fuga do Governo às responsabilidades”.
“Para o grupo parlamentar do PS é muito clara a nossa posição: este é um plano de reestruturação cuja competência é do Governo, há necessidade de o Governo prestar contas ao parlamento sobre aquilo que está a fazer, não há necessidade de um plano de reestruturação de uma empresa estratégica como a TAP ser votado no parlamento”.
Plano entregue esta quinta-feira em Bruxelas
O prazo para a entrega do plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, condição dada por Bruxelas para aprovar o auxílio estatal de até 1.200 milhões de euros à companhia aérea, termina esta quinta-feira.
Segundo fonte oficial do Ministério das Infraestruturas, o Governo entrega esta quinta-feira o plano de reestruturação exigido por Bruxelas, no âmbito do apoio estatal de até 1.200 milhões de euros, aprovado pela Comissão Europeia, em 10 de junho.
A partir daquela data, a companhia tinha seis meses para apresentar um plano de reestruturação que demonstre que a empresa tem viabilidade futura, uma vez que a Comissão Europeia entendeu que a companhia já se encontrava numa situação financeira difícil antes da pandemia de covid-19, não sendo, assim, elegível para apoios específicos para empresas que estejam a sofrer os impactos da crise sanitária.
A elaboração do plano ficou a cargo da consultora Boston Consulting Group (BCG), escolhida pela companhia aérea portuguesa.
O Governo prossegue esta quinta-feira as reuniões à porta fechada com os partidos com representação parlamentar, iniciadas na quarta-feira, para discutir o plano.
A Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação aprovou, na quarta-feira, a audição do ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, sobre o plano de reestruturação da TAP, disse à Lusa o vice-presidente da entidade.
Segundo adiantou à agência Lusa Pedro Coimbra, os deputados apreciaram e votaram favoravelmente, por unanimidade, o requerimento de audição potestativo e com caráter de urgência apresentado pelo Bloco de Esquerda (BE) para que o plano de reestruturação da TAP seja apresentado no parlamento “em tempo útil” por Pedro Nuno Santos, mas não ficou ainda marcada a data da audição.
O Governo esteve reunido em Conselho de Ministros extraordinário na noite de terça-feira, para apreciar o plano de reestruturação da TAP, disse à agência Lusa fonte do executivo.
Despedimentos e reduções salariais
O plano prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine e 750 trabalhadores de terra, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, divulgaram os sindicatos que os representam.
O Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) apelaram ao Governo que negoceie com Bruxelas o adiamento da apresentação do plano de reestruturação da TAP, denunciando que este está baseado em previsões de mercado “completamente desatualizadas”.
O grupo parlamentar do PSD disse na segunda-feira que foi informado pelo Governo da intenção do executivo de levar o plano de reestruturação da TAP a debate na AR.
Na semana passada, centenas de trabalhadores da TAP concentraram-se em frente à Assembleia da República, em Lisboa, a pedir diálogo e transparência, no âmbito do processo de reestruturação do grupo.
A iniciativa foi promovida pelo movimento “os números da TAP têm rosto”, sem qualquer ligação aos sindicatos que representam os trabalhadores da companhia aérea, na sequência de notícias sobre despedimentos e cortes salariais que têm sido anunciados.
Acabem com bicho! Não quero pagar por uma companhia eternamente falida.
Este barbudo, que diz que as dívidas não são para pagar, quer ir para o lugar do costa. Vai para o PCP esquerdalho da trampa. Larga a manjedoura que o PS te dá!
Eu já tinha despachado aquilo há muito. E pelo meio mandava também a RTP e a CGD.
E ficam os bancos espanhois ……Santander e companhia.
Olhe, ficam os que são mais eficientes. Os outros, a gente sabe como eram.
E depois não vejo nenhum problema em ficar o santander e companhia. Tenho muitas empresas minhas clientes que nunca conseguiram crédito em boas condições junto da CGD. Geralmente a CGD não consegue acompanhar as propostas desses tais bancos estrangeiros. Essa é que é a verdade. A CGD nunca fez nada pelas PMEs nacionais. E a comprová-lo está a necessidade de criar o banco de fomento e as sucessivas empresas de capital de risco promovidas pelo Estado.
Mais eficientes não… os maiores, não se pode comparar o nosso mercado com o espanhol. Senão vamos ser engolidos, a restauração de 1640 não serviu de nada?
Por essa ordem de ideias países como a Holanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Suíça… nunca seriam ninguém. Claramente o Xico não é de economia mas podia tentar ler umas coisas desta área. O tamanho do mercado interno não é tudo. Caso não saiba o SANTANDER era até há poucos anos atrás (agora não sei como está) apenas o banco com o maior número de agências a nível mundial. Pois… eles souberam estar presentes em toda a América Latina. Os nossos… preferiram andar por aqui em esquemas com o poder e pouco ou nada aproveitaram na comunidade lusófona.
O BES estava em Angola e o Sobrinho ficou com o dinheiro. O mercado interno não é tudo, mas é boa ajuda. Nós, ao contrario dos paises do Norte, ficamos sempre de lado : Na revolução industrial, no plano Marshall, na revolução digital… Estamos sempre a correr atrás do prejuizo, menos durante a ditadura em que ficamos quietos. Por isso temos que guardar o nosso banco, a TAP já não sei, no caso da CGD não tenho duvidas.
Acabem com os bichos! Não quero pagar por uma companhia falida para toda a eternidade.
Para toda a eternidade , estás a pagar as portagens da ponte 25 de abril .
Há 20 anos que o estado não põe dinheiro na Tap
Não vivo em Lisboa.
Vivo em Faro.
Este ministro é mesmo uma mina à deriva.
É tão “inteligente” que ao querer limpar a sua imagem e proteger a sua incompetência queria levar à discussão na Assembleia um plano que a ser chumbado iria inviabilizar o apoio de Bruxelas. E andamos nisto…
Este também apoia a “sra” Gomes!
Esta é a “novela” da TAP que já conhecemos desde o 25/4/1974. A seguir virá a “novela” Efacec.
Quando a estupidez é muita o pobre do inteligente desconfia…que estes comentários são apenas de psicopatas da nossa economia, ou de hooligans, que nada mais sabem fazer do que destruir!
Mas, sim…devemos dar cabo das nossas empresas, da nossa economia e depois podemos vestir umas tangas e andar por aí a badalá-los!
E tudo ´so para poder largas à felicidade, de poder dizer este é do PCP e não presta e aquele é do PSD e, também não presta…mas afinal quem sobra para tomar conta disto??
O quê?!!! Mas em que é que a TAP interessa ao país?! Os emigrantes não a usam porque é cara e não cumpre horários. O turismo também não voa pela TAP! Explique-me lá devagarinho em que é que esta empresa interessa a Portugal?
Confirmo, a TAP deixou-me várias vezes em terra, várias horas, sem NEMHUMA explicação e sem mesmo pedir desculpa!
TAP empresa estratégica? Quase que me engasgava de tanto rir. As coisas que estes tristes inventam só para poderem manter o buraco negro aberto. Acabem lá com tanta estupidez, sejam sérios uma vez na vida. TAP e Novo Banco é para fechar e deitar a chave ao mar.
Em 11 anos teve 10 de prejuízos. Se fosse um comum mortal não aguentava 2 sem falir. Ainda se dava ao luxo de pagar prémios aos quadros. Sucata com aquilo.
Quando e onde os políticos põem o pé na economia nunca mais “cresce erva”! A reforma da Constituição que vai ser inevitável tem de ter em conta isso mesmo, para além de outras alterações, concretamente:
1 – No número e sistema de eleição dos deputados, já ninguém acredita em “palhaços”.
2 – Na composição do “Conselho de Estado”, tal como está serve para nada.
3 – No número e organização das Autarquias.
4 – No processo de elaboração do OGE. O que vigora não serve e arruína o país.
5 – Na limitação da intervenção do poder político na economia sem o consentimento dos parceiros “Trabalho” e “Empresas”.
O GRANDE PROBLEMA é que se “os políticos” NÂO ” põem o pé na economia” todos choram: querremos ajudas, fundos perdidos, subsídios…. empresas, agricultores, advogados…. Ninguém que pagar, mas todos choram para receber!
Caro Xico se não formos roubados pelos politicos como somos, dificilmente precisamos de “ajudas”. Ainda assim podemos sempre pôr os bancos a funcionar como bancos, em vez de serem rebancos e podemos criar associações mutualistas que sempre são mais baratas do que os politicos.
Caro Amândio Contra, concordo com a ideia das associacões mutualistas (embora, casos como o Montepio seja um muito mau exemplo] e não concordo com a ideia muita populista: Que todos pedem ajuda porque são roubados pelos politicos. Os fundos perdidos, não são assim tão perdidos, muitos sabem encontra-los: Empresas, agricultores, particulares, tenho uma extensa lista de exemplos. Quem mais rouba, no nosso país?
Caro Xico, é no “alguns sabem encontrá-los” que está o problema, mais concretamente nos porcentos da avaliação dos projectos e nos 5% de encargos administrativos do “Estado” que vão finalmente para à administração do estado. Exemplos disto mesmo, tenho tantos que se começasse agora só acabaria quando chegasse a hora da reforma, mesmo depois de três ou quatro actos de reforma e roubalheira na Segurança Social para garantir “a sustentabilidade do sistema”. Estaria tentado a acreditar em si se houvesse transparencia na gestão dos fundos públicos mas de facto isso não existe.
Caro Amândio Contra, tantas empresas receberam dinheiro por, formações (dos empregados) que nunca foram feitas, tantos receberam fundos para o turismo rural para mehorar o que sempre foi a suas segundas habitações, tantos receberam para cultivar frutos vermelhos e o uníco fruto vermelho que eles “cultivam” é a amora-silvestre das silvas que ocupam os terrenos….
Caro Xico,
Ainda lhe posso acrescentar mais alguns. Pelos idos de 86, o empresário português da moda recebeu 80 milhões de contos de fundos europeus (à data de adesão à UE seriam 400 milhões de euros aprox.), via administração do estado português, para fazer uma escola de formação profissional na sua área de negócios. Deu o Sr. Prof. Aníbal Silva então 1ºMinistro, via Engº Mira Amaral então ministro da indústria. Foi preciso alguém denunciar a situação para após pouca investigação se concluir que os ditos formandos não eram outras pessoas diferentes dos funcionários do dito empresário. O caso foi dirimido em tribunal, ficando o Sr. empresário condenado (naquele tempo ainda se condenava) a 3 anos de prisão com pena suspensa e à devolução da quantia recebida, ao fim de seis anos, porque entretanto a quantia tinha sido jogada na bolsa. Por esses mesmos anos, uma Sr.a Jornalista denunciou de forma genérica o caso de um ministro da justiça que recebeu 100.000 contos (500.000 euro à data de adesão à UE) para mudar uma virgula na lei salvando assim o filho de mais um empresário “da moda” de uma pena de prisão efectiva. Foi chamada à AR e inquirida. Como era jornalista, neste caso, disse explicitamente que nada diria. Apareceu posteriormente um ministro que afirmou:
-“Espero que não se estejam a meter comigo porque eu tenho o hábito de emendar os erros ortográficos sempre que os encontro”. O Sr. era Advogado e o assunto era mesmo com ele. Por aqui me fico, para resistir à tentação de escrever até chegar a minha idade da reforma. Cumprimentos. Contra
Cumprimentos. Até breve.