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É possível uma “redução gradual da sobretaxa do IRS”

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Ricardo Graça / Lusa

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque

A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque

A ministra das Finanças defendeu este sábado no Cadaval a redução dos impostos e a reposição dos cortes salariais da Função Pública “de forma gradual” nos próximos quatro anos e não já em 2017, como propõe o PS.

“Quando olhamos para os próximos quatro anos, vemos que temos condições reais para melhorar as condições de vida das pessoas, a reduzir o desemprego, a reduzir os impostos com a redução gradual da sobretaxa de IRS, com a reposição dos rendimentos dos trabalhadores do setor público”, defendeu Maria Luís Albuquerque.

Contudo, ao contrário do PS, que propõe a reposição integral dos salários e o fim da sobretaxa do IRS já em 2017, a governante afirmou que a coligação PSD/CDS-PP pretende fazê-lo “gradualmente” nos próximos quatro anos.

“Se fizermos depressa demais, mais cedo ou mais tarde a situação agrava-se e tem de se tirar outra vez e os portugueses não merecem isso”, justificou.

Maria Luís Albuquerque falava durante um jantar com militantes da distrital Oeste do PSD, no concelho do Cadaval, no encerramento da academia de formação da JSD/Oeste.

Referindo-se ao PS, cujo líder António Costa traçou como prioridade a criação de emprego na próxima legislatura, se ganhar as próximas eleições legislativas, a ministra das Finanças disse que, para o governo de direita, tem “naturalmente” a mesma prioridade.

Mas, como “quem cria emprego são as empresas”, o PSD/CDS-PP preconiza que é necessário “criar-lhes condições” para isso, desde logo “baixar a carga fiscal”, a começar pelo IRC, “para que as empresas tenham melhores condições para criar emprego”.

Continuando a apontar diferenças entre programas políticos, Maria Luís Albuquerque criticou o PS por querer diversificar as fontes de financiamento da Segurança Social para criar emprego.

“Diversificar as fontes de financiamento da Segurança Social é aumentar impostos para as empresas. Não tenhamos ilusões”, defendeu e continuou, questionando “como é possível pagarem mais impostos e criarem mais emprego”.

Lembrando os 150 mil empregos prometidos pelo Governo anterior, a governante considerou que “o emprego não se cria assim”, mas antes “aliviando o fardo sobre as empresas, criando confiança, fazendo com que o Estado não gaste mais do que aquilo que é indispensável e poupando naquilo onde se gasta muito.”

/Lusa

3 Comments

  1. Snra Ministra, talvez seja verdade o que diz e acredito nessa possibilidade, o que eu não acredito é que haja vontade de o fazer, pelo que tudo me soa a campanha eleitoral, para ser revogado depois das eleições alegando sei lá que argumentos.
    Digo isto baseado na campanha eleitoral anterior, em que me convenceram que era como diziam e iriam cumprir, e como foi na realidade. Não preciso dizer mais nada

    • O problema foram os esqueletos que saltaram dos armários. Então 2015 e 2016 são o paradigma do descalabro dos compromissos com pppês – risco zero e rendimento garantido por 10 anos, 20anos, uma eternidade e milhões para uma economia débil por o estado (PS) ser o ‘único’ impulsionador – investimento público – sem retorno directo e à volta do qual parasitavam sobretudo empresas de construção civil… Um país tão pequeno com tantas daquelas!
      De resto os mercados já perceberam o tipo de “bloco de esqª” da Grécia e se ela saltar fora não parece vir a haver “contágio” para o Euro, antes pelo contrário, o Euro correrá o risco de ficar mais forte, o que será contraproducente, e as reservas que a não política Srª minitra das finanças diz existir serão afectadas a outras áreas como a reposição de salários, ou redução à décima do iva! Penso eu. E que venha a campanha com base no medo daquela vistosa ex-bloco de esqª cá da nossa terra…
      NOTA: O mito do Investimento público ajuda a economia (TGV, Aeroportos, Autoestradas, Barragens, Eólicas) mas não é num país teso sobretudo qdo tem superavit (hidroeléctricas); a urgência dos aeroporto é relativa (Olhe-se o aeroporto de Beja – Pode dizer-se que nunca funcionou; o TVG é megalómania face aos preços do transporte aéreo; Superavit em autoestradas, sobretudo para o norte e convenhamos que estar na frente nas renováveis, não lembraria ao diabo !

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