//

Caso Maddie. Dona da casa onde Christian Brückner morou disponibiliza terreno para buscas

A proprietária da casa onde Christian Brückner, suspeito no caso de Madeleine McCann, morou após o desaparecimento da criança no Algarve disponibilizou o terreno para ser alvo de buscas pelas autoridades.

Na segunda-feira, o procurador alemão Hans Christian Wolters, que coordena a equipa de investigação do caso Maddie, pediu informações sobre os locais onde Christian Brückner, principal suspeito do homicídio da criança inglesa, morou em Portugal, para procurar o corpo da menina.

De acordo com o semanário Expresso, depois do desaparecimento de Maddie em 2007, Christian Brückner deixou de ser visto no concelho de Lagos, mas não voltou imediatamente para a Alemanha. Durante alguns meses, o homem esteve a viver em Foral, no concelho de Silves a 60 quilómetros da Praia da Luz.

Brückner foi viver para uma casa onde moravam Nicole e Roman, um casal alemão que recebia adolescentes problemáticos ao abrigo de um programa do estado germânico, que colocava esses jovens com famílias de outros países.

O alemão começou a trabalhar como empregado de mesa no único restaurante do local, que na altura era explorado por um alemão.

Em declarações à imprensa britânica, a proprietária da casa disse que Brückner provocada receio e andava sempre uma pistola à cintura. A mulher disponibilizou o terreno para que sejam feitas buscas para tentar perceber se Maddie está lá enterrada.

Depois de viver em Foral, Brückner voltou para a Alemanha, mas regressou regularmente ao Algarve até 2015. Nessa ano, vendeu a a autocaravana Volkswagen Westfalia, onde chegou a dormir, a uma sucata ilegal, onde foi encontrada recentemente.

Em junho de 2017, Brückner foi extraditado de Portugal para a Alemanha para cumprir pena por um crime de abuso sexual de menor.

Em 2019, Brückner foi acusado e condenado a sete anos de prisão pela violação de uma norte-americana, de 72 anos, na Praia da Luz, em 2005. Está preso devido a esta pena e a uma condenação por tráfico de droga.

Brückner é também suspeito do desaparecimento de uma criança alemã no Algarve em 1996 e do desaparecimento de uma menina de cinco anos, em 2015, na Alemanha.

Vítima de violação no Algarve pede reabertura de caso

Hazel Behan, uma irlandesa vítima de violação quando trabalhava no Algarve, pediu a reabertura do seu caso, prescrito em Portugal, depois de se ter apercebido das semelhanças com o que aconteceu à norte-americana de 72 anos violada na Praia da Luz por Christian Brückner.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Hazel Behan contou que, poucos dias antes de completar 21 anos, foi atacada no apartamento onde morava na Praia da Rocha por um homem de olhos azuis e sobrancelhas loiras que falava inglês com sotaque alemão.

Tal como no caso da idosa de 72 anos, o homem, que tinha a cara parcialmente tapada, usou uma câmara para filmar o ataque e amarrou e chicoteou a vítima.

O homem acabou por fugir e Behan pediu ajuda. A irlandesa foi levada pela polícia para um hospital, onde foi examinada por um médico.

A mulher mostrou ter dúvidas de que tenha sido recolhido qualquer material no seu quarto. “Não estou muito confiante de que tenham examinado o quarto com atenção”, afirmou.

Em 2004, Behan ofereceu descrições pormenorizadas do atacante, apontando, por exemplo, uma marca distintiva que o tinha na perna direita, mas o homem nunca foi apanhado.

Agora, Behan quer ver o seu caso reaberto. A irlandesa já foi ouvida pela Metropolitan Police, responsável pela investigação ao desaparecimento de Maddie, que lhe garantiu que o seu caso estava a ser levado a sério e que será contactada pela polícia portuguesa em breve.

Madeleine McCann desapareceu poucos dias antes de fazer 4 anos, a 3 de maio de 2007, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve. O procuradores do Ministério Público alemão dizem acreditar que Madeleine McCann foi assassinada.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.