O novo suspeito no caso do desaparecimento de Madeleine McCann está a ser investigado pelo desaparecimento de uma criança alemã no Algarve, em 1996.
Christian B., está detido na Alemanha por abuso sexual de menores, entre outros crimes e, segundo as polícias britânica e alemã, é suspeito de envolvimento no desaparecimento de Madeleine McCann, no Algarve, em 2007.
As suspeitas do envolvimento de um cidadão alemão no desaparecimento da criança inglesa de três anos na Praia da Luz, no Algarve, adensaram-se apenas em 2017 quando um outro cidadão alemão forneceu informações à Scotland Yard.
A família de uma criança alemã desaparecida no Algarve há 24 anos revelou que foi abordada pela polícia germânica na sequência dos desenvolvimentos de Madeleine McCann, escreve o Correio da Manhã. O pai do menino diz que foi contacto novamente pela primeira vez em 20 anos.
A família estava de férias em Aljezur, a 40 quilómetros da Praia da Luz, quando a criança desapareceu a 21 de junho de 1996. Desaparecido na praia, os pais acreditavam que o seu filho tinha morrido afogado. Na altura, um especialista analisou as condições do mar e da maré e concluiu que as mesmas tornavam “improvável” um afogamento.
A procuradoria de Stendal, na Alemanha, confirmou também hoje à agência Lusa que está a “tentar confirmar a possível ligação” entre o desaparecimento de Madeleine McCann, em 2007, e um crime semelhante, em 2015, envolvendo o mesmo suspeito na Alemanha.
“Nesta altura só podemos dizer que se está a tentar comprovar a possível ligação entre os casos ‘Madeleine’ e ‘Inga’ [a criança desaparecida em 2015], aqui na Alemanha, e perceber até que ponto isso pode levar a sustentar as suspeitas, aí em Portugal, contra o acusado”, explicitou a procuradoria da cidade de Stendal, acrescentando que “a investigação está a seguir o seu curso”.
Segundo os procuradores da cidade de Stendal, cerca de 100 quilómetros a oeste de Berlim, o homem, identificado como Christian B., poderá estar associado ao desaparecimento em 2015 de uma menina de cinco anos. O suspeito alemão tinha uma propriedade a 100 quilómetros a sudoeste de Stendal, na cidade de Neuwegersleben, quando a menina desapareceu.
Também hoje, a PJ sublinhou que a polícia britânica recebeu em 2012 os elementos do processo da Polícia Judiciária sobre o desaparecimento de Madeleine McCann no qual constavam centenas de pessoas, entre elas o alemão anunciado agora como suspeito, a quem não atribuiu relevância.
“Pelo menos desde 2012, quando se iniciou a operação Orange, a polícia inglesa recebeu da Polícia Judiciária todos os elementos que estavam no nosso processo referente ao caso do desaparecimento da criança. Se Christian Bruckner lá estava, como lá estavam centenas de pessoas e se fossem assim tão evidentes as suspeitas sobre essa pessoa, teria sido alvo de diligências pedidas pelos ingleses, e que sempre foram autorizadas em Portugal, mas nunca solicitaram”, afirmou hoje o diretor-adjunto da Polícia Judiciária à agência Lusa.
O homem terá vivido no Algarve entre 1995 e 2007 e registos telefónicos colocam-no na área da Praia da Luz no dia em que a criança inglesa, de apenas três anos, desapareceu.
Segundo a agência Associated Press (AP), a descrição do suspeito corresponde à de um homem de 43 anos que foi condenado em dezembro na cidade de Braunschweig pela violação em 2005 de uma mulher americana de 72 anos no seu apartamento em Portugal, com base, em grande parte, em provas de ADN. O suspeito negou as acusações durante o seu julgamento e recorreu da condenação.
De acordo com uma cópia do veredicto, enviada pelo tribunal de Braunschweig em resposta a uma pergunta da AP sobre a condenação do suspeito McCann em dezembro, o alemão era um criminoso com várias condenações anteriores, entrando e saindo regularmente da prisão.
Os seus crimes incluem o abuso sexual de uma criança em 1994, quando teria cerca de 17 anos e pelo qual foi julgado num tribunal de menores, bem como um caso em 2016, no qual foi condenado por abuso de outra criança e por posse de pornografia infantil. Outras condenações abrangem também acusações de tráfico de droga, roubo e infração na posse de arma.
ZAP // Lusa
Caso Maddie
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30 Outubro, 2023 A PJ não esquece Maddie
Este criminoso foi condenado, e bem, por factos comprovados. No caso “enigmático” desta criança Inglesa, sinceramente espero que seja comprovado (para isso terá que indicar o que fez da criança), como se sabe sem corpo não se pode comprovar. Tudo com contornos estranhos….muito estranhos. Un tal investimento Humano e Económico, como nunca foi proporcionado as outras inúmeras crianças desaparecidas…dá que pensar !..Três crianças sós de baixa Idade num apartamento, enquanto os pais festejam fora, sem serem acusados de abandono, nem que fosse por pouco tempo, sinceramente não percebo, e não sou o único a não perceber !
Surpreende-me como as investigações passaram ao lado de um indivíduo destes cadastrado tanto na Alemanha como em Portugal a viver naquela zona algarvia e ninguém deu por nada. Não menos surpreendente é a forma fácil como os pedófilos se manobram por todo o mundo inclusive através da Internet, das vítimas que têm à sua conta sobretudo crianças e não há autoridade que os pare de vez.
Esse tipo é um traste, um ser completamente desajustado da sociedade que nunca vai conseguir viver segundo as normas. A pergunta que se faz é, o que é que anda um tipo desses a fazer em Liberdade na praia da Luz sem ser monitorizado pela polícia? Das duas uma, ou engaiolado para sempre ou monitorizado sempre, mas nunca à rédea solta.