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Madeleine McCann desapareceu na Praia da Luz, no Algarve, a 3 de maio de 2007.
Investigador não compreende o motivo de novas buscas. Denuncia interesses e insiste: pais de Maddie são culpados pelo seu desaparecimento em 2007. 18 anos depois, “não sabemos” quem é a menina que desapareceu no Algarve.
Foram recolhidas provas esta quarta-feira numa casa abandonada, no segundo dia de novas buscas conjuntas da Polícia Judiciária (PJ) com as autoridades alemãs, a decorrer entre Lagos e a Praia da Luz, no âmbito do caso Maddie.
Esta é a primeira vez que são recolhidas provas ligadas ao caso nos locais próximos à Barragem do Abade, já vasculhados há dois anos sem que nada tenha sido encontrado. As investigações começaram com o desbravamento do vasto terreno, no primeiro dia. No segundo, o alvo foram duas casas abandonadas, com georadares, para perceber se há algo no subsolo.
“É uma aldrabice”, diz o investigador afastado do caso, Gonçalo Amaral, cuja teoria sobre o que aconteceu no caso não mudou até hoje. Em entrevista ao canal Now, o detetive diz que as autoridades não deviam estar a fazer estas buscas.
“Como é que se permite que os alemães venham aqui e a polícia tem de ir atrás deles? Há aqui um interesse entre o procurador e alguém da polícia britânica”.
Gonçalo Amaral “não acredita” que Christian Brueckner seja o culpado do desaparecimento de Maddie. O alemão, principal suspeito das autoridades alemãs no caso, “deu jeito” aos ingleses e aos alemães “para afastar atenções do foco principal”, diz Amaral: “ninguém explica” como se chegou a este suspeito ou “que indícios têm” contra ele.
“Criou-se um perfil deste sujeito como um pedófilo, um abusador, e apesar de não ser flor que se cheire, quer-se dizer que porque ele é estas coisas e viveu ali perto, está relacionado. Não, não há nada que o relacione, nem as antenas de telemóveis”, garantiu o ex-detetive.
E aponta o dedo, mais uma vez, a Gerry e Kate McCann, os pais de Maddie.
“Normalmente, nestas situações, os suspeitos dos desaparecimentos de crianças desta idade são aqueles que têm o dever da sua guarda”, explica, e “esta não é a minha tese”, diz: “é a minha e era a do atual diretor nacional da Polícia Judiciária”.
“Não sabemos quem é Madeleine McCann”
Gonçalo Amaral admite ainda que “o pior erro” que foi feito no caso foi enviar os vestígios de provas para o Reino Unido.
“Se foram encontrados num carro alugado cabelos e fluidos corporais — e se ainda existirem, porque isto foi tudo manipulado no Reino Unido — e se uma das suspeitas é que ocorreu uma overdose de Calpol [medicamento alegadamente administrado a Maddie e aos seus irmãos pelos seus pais na noite do desaparecimento, para as crianças adormecerem] porque é que ainda não foram analisados?”
“Temos de conhecer a vítima e o seu histórico. Hoje, 18 anos depois, não sabemos quem é Madeleine McCann“, atira.
“O histórico diz que podem haver antecedentes associados a problemas cardíacos“, diz Gonçalo Amaral, em referência à marca única que Maddie tinha no olho.
“Na altura, a família [de Maddie] não permitiu que essa informação chegasse a lado algum”, acusa o ex-investigador.
Neste contexto de possível doença cardíaca, aliado à administração do anti-histamínico para adormecer, Gonçalo Amaral admite a hipótese de “ter ocorrido uma overdose”.
“Bode expiatório”
Brueckner, principal suspeito do ministério público alemão no caso continua preso por violar uma mulher no Algarve, mas pode sair em setembro deste ano. Se tal acontecer, admite: vai esconder-se na Alemanha. Até hoje, nenhuma acusação foi feita contra si em relação ao caso do desaparecimento de Madeleine McCann.
O ex-inspetor da PJ de Portimão já se tinha pronunciado contra a investida alemã no caso e classificado o alemão como um “bode expiatório”, trazendo consigo fotografias para o telejornal da TVI em que se via a carrinha de Brueckner com uma pintura diferente da que se viu nas imagens divulgadas pela polícia alemã.
“A teoria do rapto é aquela que menos indícios existem, existe o indício de que alguém viu a criança ao colo de um homem, uma família irlandesa que é o testemunho mais credível de que a menina foi transportada e o que as pessoas dizem é o que o mundo sabe: quem transportava aquela criança era a pessoa que estava a descer de um determinado avião, numa determinada data, com o filho ao colo, em Inglaterra que era o pai da Madeleine. Não disseram que era parecido. Disseram que em quase 90% era o pai”, denunciou o detetive, em 2020.
Em 2017, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) confirmou a decisão da Relação em revogar o pagamento de uma indemnização de 500 mil euros por Gonçalo Amaral aos pais da criança desaparecida em 2007 no Algarve, por danos causados com a publicação do livro intitulado “Maddie: A Verdade da Mentira”.
Caso Maddie
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Estamos nós a pagar por tudo isso.
Lá temos a matraca a debitar tolices.
Parece que tem medo que venham a descobrir o que na realidade aconteçeu, aposta tudo em atirar as culpas para os Pais, assim ficaria “encerrado” o assunto.
Deve ter muito, muito medo.
Inventa assim umas estória, como Overdoses e não sei mais o que . E onde estão as PROVAS do que diz? Não por ser policia que aotmaticamente é “Dono” da Sbaedoria, da Verdade e das Provas.
O gajo deve estar mesmo à rasca, se calhar até cumplice, tanta é furiosidade contra os Pais e as Investigações.
Quem não deve, não teme. Este parece que teme, logo deve!