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Divulgada lista de subvenções vitalícias. Há 318 ex-políticos e juízes a receber entre 880 e 13.600 euros por mês

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Manuel de Almeida / Lusa

Foi divulgada, esta segunda-feira, a lista com os 318 ex-políticos e juízes que beneficiam de subvenções vitalícias mensais. A lista foi publicada pela Caixa Geral de Aposentações.

Entre a última e única lista divulgada, em 2016, e a mais recente desapareceram alguns nomes. Ainda assim a lista dá conta de 318 ex-políticos – como antigos primeiros-ministros, ex-deputados ou autarcas – e juízes do tribunal constitucional que recebem subvenções com valores que vão dos 880 euros aos 13.600 euros mensais.

Entraram quatro novos nomes na lista de 2019: o ex-ministro da Administração Interna Miguel Macedo, o deputado Adão Silva, o deputado José Cesário e o ex-ministro da Justiça Alberto Martins. Destas, apenas duas subvenções estão ativas: a de Miguel Macedo (a quem foram atribuídos 2609,58 euros) e a de Alberto Martins (2899,53 euros). As outras duas encontram-se suspensas.

Das 318 subvenções listadas, de acordo com o jornal Público, 209 estão ativas e a ser pagas na totalidade, 18 são alvo de reduções parciais, 47 de reduções total e 44 estão suspensas devido ao exercício de “quaisquer funções políticas ou públicas remuneradas” que “determina a suspensão do pagamento da subvenção mensal vitalícia durante todo o período em que durar aquele exercício de funções”.

É o caso de Basílio da Horta, a quem foi atribuída uma subvenção no valor de 2819,88 euros desde 2006 e de Carlos César, que tem atribuída uma subvenção no valor de 2550,37​ euros desde 2013.

Há duas pessoas na lista atualizada cujas subvenções não foram suspensas devido ao exercício de outras funções. Fernando Faria de Oliveira, ministro do Comércio e Turismo (entre 1990 e 1995), suspendeu a subvenção de 3228,24 euros atribuída em 2003 por iniciativa própria. O mesmo aconteceu com Marques Mendes, que suspendeu a subvenção no valor de 3311,82 euros atribuída em 2007.

As subvenções mensais vitalícias nasceram em 1985 e são rendimentos mensais atribuídos a ex-titulares de cargos políticos – entre outros – que tenham ocupado funções durante oito ou doze anos. O Governo de Sócrates acabou com estas subvenções, mas quem até essa legislatura cumpriu os requisitos ainda as pode solicitar.

Suspensa em agosto de 2018, devido à entrada em vigor do Regulamento Geral de Proteção de Dados, a lista de ex-políticos que foram beneficiados com uma subvenção vitalícia foi divulgada pela primeira vez em agosto de 2016. Dela constavam 332 nomes de ex-políticos, entre antigos primeiros-ministros, ex-deputados, líderes partidários, autarcas e juízes do Tribunal Constitucional reformados.

Da lista conhecida em 2016, constam nomes como o do ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates (2.372 euros); Ângelo Correia, antigo ministro, deputado e dirigente do PSD (2.685,53); João Mota Amaral, ex-deputado do PSD e ex-presidente da Assembleia da República (3.115,72); Carlos Carvalhas, ex-secretário-geral e ex-deputado do PCP (2.819,88); ou a ex-juíza do Tribunal Constitucional e ex-presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves (3.432,78). Os valores apresentados são brutos.

Há casos de ex-detentores de casos públicos que se encontram a receber a subvenção com uma redução parcial: ex-primeiro-ministro socialista António Guterres (4.138,77 com redução pela posição ocupada na altura no ACNUR); Adriano Moreira, ministro do Ultramar durante o Estado Novo e mais tarde deputado do CDS-PP (2.685,53 com redução); ou Armando Vara, ex-ministro do PS, que atualmente se encontra detido em Évora no no âmbito do processo Face Oculta (2.014,15 com redução).

Apesar de o PS ter deixado cair, na Comissão para a Transparência, uma alteração legislativa no sentido de voltar a divulgar a lista, o Governo decidiu levar a Conselho de Ministro um decreto-lei para obrigar a publicar a lista de beneficiários.

O decreto-lei foi promulgado pelo Presidente da República no final de julho, com Marcelo Rebelo de Sousa a referir que, com o diploma “é finalmente reposta uma situação” para a qual ele próprio “várias vezes chamou a atenção” e cumpre-se “os ditames da transparência democrática”.

O Orçamento de Estado para 2019 prevê um gasto de 7,17 milhões de euros com as subvenções vitalícias atribuídas a políticos. Este valor desce apenas 90 mil euros, relativamente a 2018.

ZAP //

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13 Comments

  1. 318 chulecos a viver à conta dos impostos de todos nós, sem terem trabalhado o suficiente para isso.
    Hoje foram extintas estas subvenções vitalícias mensais, por injustas e imorais.
    Não se percebe porque não se acabou de vez com esta pouca vergonha, autêntico roubo, uma lei em causa própria defendida pelos próprios interessados.

    O Orçamento de Estado para 2019 prevê um gasto de 7,17 milhões de euros com as subvenções vitalícias atribuídas a políticos. !!! LADRÕES !!

  2. Já não basta que usufruam de melhores remunerações e beneficios como a antecipação da reforma para
    terem uma “sobremesa” vitalicia. Gostava de ter um emprego assim mas infelizmente para poder pagar a
    estes barrigudos tenho de trabalhar de graça durante 7 meses por ano para pagar os impostos.
    Dizem as manchetes e os bons costumes que votamos para eleger os n/ representantes mas acho que votamos para eleger os que pensam que são diferentes do resto do povo, a elite parasita de um estado que
    fala e não compreende as desigualdades.

  3. uma vergonha!
    viva o actual governo, o das selfies e todos os que estiveram antes destes que nunca quiseram ou não tinham interesse em acabar com este atentado a quem trabalha para sustentar estas mordomias!

    • Isto é inqualificável!!! Tudo uma cambada de xulos, é este o verdadeiro termo. A desfaçatez é tão grande a destes pulhiticos, que ainda têm lata para dizer, como o Vieira das raríssimas. Que aumentar as pensões de miséria põe em causa a sustentabilidade da Segurança Social.

  4. E no meio disto tudo pergunto eu:
    Porque deixaram de fabricar o chocolate “Marujinho”?
    É o meu favorito! Vamos fazer uma campanha pra que o Marujinho volte!

    #Todos pelo “Marujinho

    Se alguém souber se é ainda possível comprar Marujinho que me indique onde por favor
    [email protected]
    Saudações 😀

  5. Pensei que fosse engano do artigo, mas há mesmo um que recebe 13600 euros mensais e outro nos 9000 euros mensais. Os outros que recebem menos devem estar a roer-se de ganância.

  6. Olha que lindo!…
    318 parasitas sem vergonha e mais de metade é do PSD!…
    Mas um “prego” para o Rui Rio…
    Quanto mais depressa forem para a cova (já ontem era tarde), melhor!

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