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Defesa de Rui Pinto pede o afastamento de mais um juiz

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Rui Pinto / Twitter

Hacker Rui Pinto

A defesa de Rui Pinto pediu o afastamento da juíza Helena Leitão, por esta ser cliente do advogado João Medeiros, cujo email o hacker português terá pirateado.

Em abril, a defesa de Rui Pinto pediu o afastamento do juiz Paulo Registo do julgamento do processo, acusando-o de violar o direito de reserva e de já ter formulado um pré-juízo condenatório do criador do Football Leaks. Agora, a equipa de advogados de Rui Pinto entregou no Tribunal da Relação de Lisboa um pedido para afastar a juíza Helena Leitão.

Em causa está o facto de a magistrada ser cliente do advogado João Medeiros, que é assistente do processo em que Rui Pinto é acusado de tentativa de extorsão, sabotagem informática e de dezenas de crimes de acesso ilegítimo, escreve o Correio da Manhã.

Rui Pinto terá roubado todo o correio eletrónico que João Medeiros tinha no email da PLMJ. Por isso, a defesa do hacker português entende que podem haver emails da juíza Helena Leitão no correio eletrónico roubado.

De acordo com a Tribuna Expresso, o advogado também fez parte da equipa de defesa da Benfica SAD no processo e-toupeira. Helena Medeiros fez parte do coletivo de juízes neste processo.

A juíza, por sua vez, considera que o facto de ser cliente de João Medeiros não é razão suficiente para pedir escusa do caso. Esta foi a ação tomada pelo juiz Paulo Registo, que entendeu que, “tendo em conta o que saiu na comunicação social”, deveria ser um tribunal superior a decidir se “tem ou não condições” para julgar o caso de Rui Pinto.

No mês passado, Helena Leitão colocou o seu lugar à disposição, precisamente por ser cliente de João Medeiros. No entanto, ao contrário de Paulo Registo, a juíza não avançou com um pedido de escusa.

“A matéria de tais autos respeita a factos diretamente relacionados com o exercício de funções da ora signatária no Tribunal de Família e Menores de Cascais”, explicou Helena Leitão num documento enviado ao Ministério Público e aos respetivos advogados do processo.

Todavia, a magistrada realça que a relação com João Medeiros é “estritamente profissional”, razão pela qual entende que isto não é suficiente para justificar a apresentação do pedido de escusa. Ainda assim, confessa que sentiu a necessidade de comunicar a situação, “uma vez que não se trata de factos conhecidos publicamente”.

ZAP //

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