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Defesa de Sócrates insiste e pede acesso total ao processo

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TIago Petinga / Lusa

João Araújo, advogado de josé Sócrates

João Araújo, advogado de josé Sócrates

Os advogados de José Sócrates entregam esta segunda-feira no Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) um requerimento a solicitar ao juiz de instrução criminal que garanta a efetividade do acórdão da Relação de Lisboa sobre o acesso da defesa aos autos da investigação.

“Esta iniciativa processual decorre da recusa, transmitida pelo procurador-geral-adjunto, em dar imediato cumprimento ao que se dispõe nesse acórdão, designadamente no que diz respeito a facultar à defesa o acesso aos autos, indispensável à garantia dos direitos de defesa do engenheiro José Sócrates, consoante foi reconhecido pela Relação”, referem os advogados João Araújo e Pedro Delille em nota enviada à imprensa.

No sábado, os advogados de José Sócrates revelaram que o Ministério Público não ia dar “acesso imediato” às provas de investigação, acusando o procurador Rosário Teixeira de se recusar a cumprir a decisão do Tribunal da Relação, proferida no passado dia 24.

“O senhor procurador decidiu recusar-nos o acesso imediato aos autos, tal como resulta evidente do Acórdão da Relação de Lisboa, que declarou cessado o segredo de justiça interno desde 15 de abril”, dizia o comunicado então divulgado pelos advogados João Araújo e Pedro Delille.

Admitindo terem ficado surpreendidos, os advogados do ex-primeiro-ministro consideram que, com esta atitude, o procurador se “recusa a cumprir aquela decisão, invocando a suscetibilidade de ser pedida a sua aclaração”.

De acordo com a nota dos advogados, entende-se que o procurador Rosário Teixeira pediu a aclaração da decisão tomada pelos juízes desembargadores Rui Rangel (relator) e Francisco Caramelo, que, na última quinta-feira, decidiram que não se justifica a continuação do segredo de justiça na Operação Marquês, pelo que a defesa de José Sócrates deve ter acesso a todos os autos da investigação.

Para a defesa do ex-primeiro ministro, o pedido de aclaração não passa de um “expediente dilatório totalmente infundado e ilegal”.

José Sócrates foi detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito, tendo ficado preso preventivamente no Estabelecimento Prisional de Évora.

A medida de coação foi alterada para prisão domiciliária, com vigilância policial, a 05 de setembro.

/Lusa

1 Comment

  1. A carroça à frente? Enquanto a eventual aclaração estiver em tempo de poder ocorrer penso que…
    Para quem não conhece os códigos, muito menos aplicá-los, não deixa de parecer foguetório!
    Havia de ser eu, este lingrinhas foguetoriano a dizer aos magistrados da investigação e do MPúblico o que estes já disseram e… Ah não sou figura pública nem represento um que posto no poleiro pelo voto democrtático nos levou à “banca rota” com direito a cadeira no foguetório da RTP

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