Está confirmado o primeiro caso de coronavírus em Espanha. Trata-se de um homem de nacionalidade alemã
O primeiro caso confirmado de coronavírus em Espanha é uma das cinco pessoas que estavam em observação em La Gomera depois de terem estado em contacto, na Alemanha, com um doente infectado com o 2019-nCoV.
De acordo com o El País, o protocolo de segurança foi ativado após um alerta do Ministério da Saúde para a localização de dois turistas que tinham estado em contacto com o paciente infetado. O protocolo foi entretanto estendido a outras três pessoas com quem os dois turistas tinham estado em contacto.
Segundo o ministério da Saúde de Espanha, o paciente está internado e encontra-se em quarentena no Hospital Nossa Senhora de Guadalupe, nas lhas Canárias.
Até agora, quer as cinco amostras provenientes das Canárias, quer outras 12 antes analisadas pelo Centro Nacional de Microbiologia do Instituto de Saúde Carlos III, tinham dado resultados negativos para o 2019-nCoV.
Caso suspeito de coronavírus no Porto é negativo
O resultado das análises laboratoriais no caso da pessoa suspeita de infeção por coronavírus em observação no Hospital São João, no Porto, foi negativo, disse à agência Lusa uma fonte do Serviço Nacional de Saúde.
O homem, de nacionalidade estrangeira e que se encontrava na zona de Felgueiras, distrito do Porto, foi levado na sexta-feira, ao hospital de São João com infeção respiratória. O período de incubação do vírus é de 14 dias e o homem regressou da China no dia 22 de janeiro, onde teria contactado uma pessoa supostamente infetada pelo 2019-nCoV.
Com este resultado negativo, Portugal mantém-se sem registo oficial de qualquer pessoa infetada por coronavírus. Uma primeira suspeita, envolvendo um homem regressado da China em 25 de janeiro e observado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, foi afastada no dia seguinte, também após realização de exames.
A DGS pediu a quem regresse de Wuhan ou de outras regiões afetadas na China e que apresente febre, tosse ou dificuldades respiratórias que contacte o SNS24 – 808 24 24 24.
Numa orientação divulgada na quinta-feira à noite, a DGS informou que os casos suspeitos de coronavírus detetados em Portugal devem ser colocados numa área de isolamento e os profissionais que os detetem devem usar equipamentos de proteção individual.
No entanto, a DGS ainda não decidiu o que vai fazer com cidadãos que vão chegar de Wuhan. Em conferência de imprensa esta sexta-feira, em Lisboa, a Diretora Geral da Saúde, Graça Freitas, explicou que há vários protocolos em cima da mesa, que a DGS já pediu a opinião a vários especialistas e e seguirá a opção que for mais consensual.
“Tudo o que sabemos é que os passageiros vão chegar numa determinada hora e determinado dia a um aeroporto em França. O Ministério dos Negócios Estrangeiros está a gerir esta operação que é de imensa complexidade, pelos muitos contornos que tem, inclusivamente diplomáticos”, explicou Graça Freitas.
“O rastreio vai ser feito de uma de duas formas, com inquérito epidemiológico ou com análises”, acrescentou Graça Freitas, esclarecendo que o rastreio laboratorial pode não ser 100% conclusivo se a pessoa em questão estiver no período de incubação.
Número de mortos aumenta para 259
O número de vítimas mortais devido ao novo coronavírus, detetado na cidade de Wuhan, na província de Hubei, na China, aumentou hoje para 259, anunciaram as autoridades de Pequim. Segundo a AP, o número de pessoas infetadas subiu para 11.791.
Este surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) foi detetado no final do ano em Wuhan.
Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos de infeção confirmados em 24 outros países, com as novas notificações na Rússia, Suécia e Espanha.
Os sintomas associados à infeção causada pelo novo coronavírus são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias, como falta de ar. Na quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional (PHEIC) por causa do surto do novo coronavírus na China.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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