/

Cabrita é apontado como o elo mais fraco. Mas a remodelação de Costa tem mais governantes na calha

18

Tiago Petinga / Lusa

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita

As críticas ao ministro da Administração Interna poderão antecipar uma remodelação no Governo de António Costa. Mas Eduardo Cabrita não é o único na calha para sair.

Além da pressão da oposição, motivada pelo acidente que vitimou um trabalhador na A6, os socialistas estão a instar António Costa a aproveitar o fim da presidência portuguesa da União Europeia (UE) para avançar com uma remodelação governamental, avança, esta sexta-feira, o Jornal de Notícias.

Rui Rio tem subido de tom nas críticas que faz a Eduardo Cabrita. No Parlamento, o líder social-democrata disse que o BMW onde seguia o ministro não está registado, uma informação que foi entretanto desmentida tanto pela GNR como pelo Ministério Público.

Já o centrista Francisco Rodrigues dos Santos tem insistido na demissão de Cabrita, caso se apure que o automóvel seguia em excesso de velocidade.

Os pedidos de demissão são já um assunto antigo: CDS, IL e Chega já tinham pedido a demissão do governante no caso dos imigrantes em Odemira e o Bloco de Esquerda chegou a pedi-la após a morte do ucraniano em instalações do SEF.

Em maio, Cabrita esteve envolto em mais uma polémica, desta vez relacionada com os festejos do Sporting, cujo inquérito à PSP ainda decorre. Na altura, o primeiro-ministro disse que o ministro da Administração Interna era “excelente”.

Se a remodelação se materializar, Eduardo Cabrita deverá abandonar o Governo, mas não será o único.

O JN escreve que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, já terá dito que pretende sair agora que terminou a presidência da União Europeia.

No passado, também Marta Temido tinha pedido para deixar a pasta da Saúde por exaustão. Neste caso, mantém-se a dúvida, uma vez que António Costa pode não estar disposto a abdicar da ministra devido à evolução da pandemia de covid-19 no país.

O diário salienta que foram também apontadas eventuais mexidas nas pastas de Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, e Nelson de Souza, ministro do Planeamento. Matos Fernandes e Tiago Brandão Rodrigues também podem deixar o ministério do Ambiente e da Educação, respetivamente.

De qualquer das formas, é preciso esperar que António Costa decida avançar com a remodelação para saber que rostos mudam no Governo.

Na segunda-feira, Luís Marques Mendes revelou que a remodelação “deve ocorrer depois das autárquicas“, que têm data marcada para dia 26 de setembro. “Penso ser esse o calendário que está na cabeça do primeiro-ministro. Julgo, porém, que o primeiro-ministro tem vantagem em antecipá-la. Fazê-la já em julho. Quanto mais cedo, melhor”, disse.

A antecipação da remodelação governamental é apontada pelo comentador como a resposta mais eficaz a uma “degradação” acelerada do Executivo por eventos como os festejos do Sporting ou o surto de covid-19 entre a comunidade migrante em Odemira.

Liliana Malainho, ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

18 Comments

  1. Antes de Cabrita já devia ter saído o sr. Ferro Rodrigues, pois é uma ‘vergonha’ de prepotência, arrogância e narcisismo. Aliás, nem deveria ter entrado, mas isso são histórias mais antigas. Depois sim, a começar em Cabrita e acabar em Costa, o malabarista vigarista.

    • Mas o Ferro Rodrigues não é governante!!! É presidente da AR!!!
      Estranho é que nesta remodelação se mantenha a Ministra da Justiça depois de todos os episódios que temos assistido e a Ministra da Agricultura tendo em conta o seu passado em Abrantes.

      • Se é para dar vassoura, que não se esqueçam de outras “cunhas” tais como a INCOMPETENTE da dir geral de Saúde. Pelo que diz e sabe, já deve ter sido pago o favor que ela terá feito ao chamuça. Ah e o Vieira foi preso. Menos um.

  2. As próximas Autárquicas em Setembro, iram ditar o contentamento ou descontentamento geral do Povo Português. Este Ministro em questão assim que alguns outros membros do Governo actual, já deram provas suficientes de incompetência e perigosidade. Un semáforo tem três cores, talvez o sinal passe a vermelho para o PS. Só espero que não escolham PIOR !…… porque no xadrez Politico actual ….BOM e EXCELENTE, não há !!!!!!

  3. Não consigo perceber como o Cabrita ainda é ministro… ele nunca deveria ter chegado a um cargo público; quanto mais a ministro…

  4. Ia aqui deixar os meus “bitaites”. No entanto, já houve quem se antecipasse:

    1 – ao Senhor JR – infelizmente, é uma vergonha para o país que o Senhor que ainda há dias em microfone aberto se referiu a outros deputados (quem não são da minha “cor”) de forma deplorável, seja a segunda figura do Estado. No entanto, é preciso lembrar que o Senhor em causa foi eleito pelos portugueses. E, gostemos, ou não (pessoalmente não gosto) foram os portugueses que elegeram o Senhor. Portanto….

    2 – Ao Senhor Atento – Infelizmente, não acredito que esse semáforo vermelho se materialize. Como “Atento” que também sou, não alimento essa ilusão. O PS, qual polvo, tem o povinho controlado com uns caramelos que distribui de quando em vez. A populaça, devidamente entorpecida, não deixará de “botar” a cruz onde (não) deve. Mas é a democracia a funcionar. Gostemos, ou não, e eu não gosto, a soberania reside no povo que a exerce nas formas previstas na Constituição de Abril. E, como infelizmente também, muito bem nota, Bom e Excelente, não há. Aqui é mesmo escolher o mal menor. Pessoalmente, eu que sempre votei, experimentei o abstencionismo nas últimas presidenciais. E creio que vou repetir nas próximas dada a má qualidade dos candidatos no meu concelho. Creio, aliás, que o abstencionismo e/ou o protesto passarão a ser o meu voto predilecto.

    3 – Ao Senhor Eu – Raramente estamos de acordo. Mas, neste caso, subscrevo na íntegra. Sem tirar, nem pôr. O cidadão Eduardo Cabrita, junto com outro cidadão com o qual partilha o nome próprio Eduardo, jamais deveriam ter chegado a um cargo público, quanto mais aos que ocupam actualmente. Uma vergonha….

    • Caro Skyander, se bem leu o meu comentário , na questão do semáforo, apliquei um adverbio “talvez”. Quanto a (ilusões) em bons Políticos e boas Politicas desde há muito que perdi esperança de melhor e muito menos de excelente!……. bem haja !

    • Num governo com alma e com vergonha, esta coisa tão reles nunca poderia ser ministro. Até nisto, mostramos a nossa pobreza.

  5. Cabrita é apontado como o elo mais fraco ???!
    Quem aponta tem falta de pontaria…
    Cabrita e a mulher têm a maior cunha do país, e estão agarrados aos poleiros com unhas e dentes.
    São unha com carne do Costa, e só saem do governo a pedido dos próprios !
    NEPOTISMO SOCIALISTA EXEMPLAR !!!

  6. Está na hora! O governo está completamente degradado e os “ratos” querem abandonar o navio a todo o custo, antes que se afunde. Tanto faz que sejam só os maus como os péssimos (bons não se vislumbram neste governo).

  7. Eu lamento mas,o governo do Costa não tem elos fortes,são todos muito fraquinhos e em rotura total.O país precisa de um governo duro tipo ”ditadura” por alguns anos para limpar o país da política comunista em que está envolvido.

    • Finalmente, Raúl Soares, já não era sem tempo. Todas as suas notas revelam um defensor do totalitarismo, mesmo que forma de “ditaduras temporárias”. A prazo certo ou incerto? E, quando se refere ao “comunismo” como o faz, remete-me para o nazismo e para os campos de concentração e extermínio, não é isso que pretende para os “comunistas”? Francamente, admiro a tolerância do ZAP, há muito tempo que o Raúl deveria ter sido “limpo” do espaço, não tem opinião, apenas ódio, mas é só a minha opinião. O caro faz-me lembrar um clube, “quem não é por nós, é mouro”, insanidade que associo à sua forma de pensar. Sou, radicalmente, contra um nome, com maioridade, poder ser um eleitor, que o vota de um Raúl possa valer tanto como o meu, mas aceito, admito que os maiores de 18 anos tenham direito a voto, mesmo que não saibam o que fazer com ele e da responsabilidade cívica do mesmo.
      Para concluir, informo-o, ao longo da história houve várias tentativas de ditaduras “benévolas”, todas falharam por apodrecimento ou corrupção. Política e corrupção são inseparáveis, a minha dúvida é saber o nasceu primeiro, a política ou a corrupção. Já o fiz por diversas vezes, um conselho: faça algo útil, por exemplo, contar os pelos de uma lagarta, seria uma contribuição científica.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.