António Costa tem duas provas de fogo esta terça-feira: o primeiro-ministro lidera a delegação do Governo que vai encontrar-se em separado com o Bloco de Esquerda e com o PCP.
Depois de na segunda-feira ter enviado ao Governo um documento que formaliza por escrito as nove propostas para as negociações do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), o Bloco de Esquerda encontra-se hoje com o Executivo e tem abertura para negociar.
O Público apurou que a direção do partido parte para estas negociações com “abertura”, o que significa que os bloquistas não irão com uma posição fechada nem com o espírito de que tudo o que propõem tem de ser aceite pelo Governo. Aliás, segundo o diário, o BE admite mesmo que possa haver propostas que não sejam totalmente aceites.
Ainda assim, é necessário que o Executivo de António Costa dê respostas positivas e avance nas negociações, satisfazendo as exigências do partido.
Um dirigente do Bloco de Esquerda explicou ao Público que o acordo que o partido pretende celebrar com o Governo “nunca será” um acordo idêntico ao que foi assinado entre António Costa e Catarina Martins em 2015 – e que permitiu que o BE viabilizasse os Orçamentos da legislatura que terminou em 2019.
O mesmo dirigente disse que o BE propôs um acordo de legislatura após as legislativas de 2019, que o Governo não aceitou. Por isso, não faz assim sentido que, a meio da legislatura, o partido aceite fazer um acordo que o vincule até 2023.
A disponibilidade dos bloquistas é negociarem em torno da aprovação da proposta de Orçamento do Estado para 2022, com o objetivo de apresentarem “um projeto de mudança da sociedade que valorize os direitos laborais e profissionais”.
OE2022
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Será que o BE vai “negociar” com o governo o injusto e excessivo imposto nos produtos petrolíferos, ou será que essa questão que afeta todos os portugueses (e que até afeta mais quem é pobre, pois o pobre paga tanto como um rico) é uma questão secundária, precisamente por afetar TODOS os portugueses?
Vamos aguardar para ficar esclarecidos…
Será que o BE vai “negociar” com o governo o injusto e excessivo imposto nos produtos petrolíferos, ou será que essa questão que afeta todos os portugueses (e que até afeta mais quem é pobre, pois o pobre paga tanto como um rico) é uma questão secundária, precisamente por afetar TODOS os portugueses?
Vamos aguardar para ficar esclarecidos…