O exército israelita criou este domingo uma equipa para reunir informações e provas sobre a ofensiva que mantém contra o grupo islâmico Hamas, na Faixa de Gaza, para evitar eventuais acusações de crimes de guerra.
Segundo o jornal Haaretz, a equipa é liderada pelo chefe do gabinete de planeamento do exército israelita, Nimrod Sheffer.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU criou, a 23 de julho, uma comissão internacional para investigar possíveis violações cometidas durante a ofensiva israelita na Faixa de Gaza, que começou a 8 de julho, depois de aludir que Israel pode ter cometido crimes de guerra.
Por sua vez, o exército e o governo de Israel acusam o Hamas de cometer crimes de guerra por atacar civis indiscriminadamente.
A equipa agora formada pelo exército israelita vai concentrar-se em reunir informação que comprove o uso de civis como escudos humanos por fações armadas palestinianas, incluindo vídeos e documentação que estão na posse da força aérea de Israel.
As fações palestinianas que compõem a missão de negociação que está atualmente no Cairo chegaram, entretanto, a acordo sobre um documento com as principais reivindicações que vão ser entregues aos mediadores egípcios, segundo fontes palestinianas.
As mesmas fontes adiantaram que os grupos palestinianos, que realizam uma primeira reunião na capital egípcia, concordaram em participar nas negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Entre as reivindicações da delegação palestiniana, liderada pelo líder do Fatah, Azzam al-Ahmed, estão a retirada das forças israelitas de Gaza, a libertação de prisioneiros e o desbloqueio da fronteira.
Sobre o levantamento do bloqueio a Gaza, estão incluídos os direitos de pesca, reconhecidos no acordo alcançado em novembro de 2012 e que pôs fim à anterior ofensiva de Israel sobre Gaza.
Ashraf al-Qudra, porta-voz dos serviços de emergência de Gaza, estima em 1.822 o número de vítimas palestinianas desde o início da ofensiva de Israel.
/Lusa
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