O Vaticano reconheceu oficialmente o Estado da Palestina. O acordo de princípio foi finalizado esta terça-feira e expressa o apoio da Santa Sé a uma resolução para o conflito israelo-palestiniano “no quadro de uma fórmula de dois estados”.
Este documento, que deverá ser assinado no próximo sábado durante a visita do presidente Mahmoud Abbas a Roma para assistir à canonização de duas freiras palestinianas, surge como a oficialização do “reconhecimento da existência do Estado”, admitiu o porta-voz da Santa Sé, Frederico Lombardi. “Sim, é o reconhecimento do Estado”, esclareceu.
O Vaticano muda, assim, o seu reconhecimento diplomático: da Organização da Liberação Palestiniana para o Estado da Palestina. Antoine Camilleri, o ministro dos negócios estrangeiros do enclave, afirmou que a mudança estava em linha com a postura da Santa Sé, que desde a visita do Papa Francisco à Terra Santa, em maio de 2014, já se referia de forma não oficial ao Estado Palestiniano.
Em entrevista ao Osservatore Romano, o chefe da delegação da Santa Sé descreve que o documento exprime o apoio do Vaticano a uma solução da “questão palestiniana e do conflito entre israelitas e palestinianos no quadro da fórmula de dois Estados”.
O Vaticano já saudara a decisão de 2012 da Assembleia Geral da ONU de considerar a Palestina como Estado.
O tratado contém igualmente um acordo sobre o estatuto e as atividades da Igreja Católica nos territórios palestinianos.
ZAP
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