José Sena Goulão / EPA

O Governo recuou na decisão de proibir feiras e mercados de levante, dizendo que a sua realização poderá acontecer mediante a autorização das respetivas autarquias.
Fonte do Governo confirmou ao jornal Público que a “regra é proibição das feiras e mercados de levante, salvo autorização” do presidente da autarquia, acrescentando que têm ainda de estar “verificadas as condições de segurança e o cumprimento das orientações definidas pela Direção-Geral da Saúde”.
Depois de um Conselho de Ministros extraordinário, realizado no sábado, o primeiro-ministro, António Costa, tinha anunciado novas medidas imediatas de combate à pandemia, entre as quais a proibição de feiras e de mercados de levante.
Perante esta medida, a Federação Nacional das Associações de Feirantes ameaçou com a realização de uma marcha de protesto em Lisboa, tendo considerado que era “uma facada nas costas” para o setor.
Esta segunda-feira, depois da reunião com o Presidente da República, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, também criticou a medida, considerando que foi uma das muitas “medidas erradas” tomadas pelo Executivo socialista.
Segundo o Observador, a decisão do Governo acontece horas depois de a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, ter defendido a justiça da medida durante a conferência de imprensa de hoje sobre a evolução da pandemia.
A responsável tinha argumentado que as feiras e os mercados de levante não podem ser comparados com o comércio tradicional, pois este “é estável, é fixo, não é móvel” e “dá alguma garantia de que as regras se cumprem”.
Eduardo Vítor Rodrigues e Fernando Medina, presidentes das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa, respetivamente, já tinham pedido à Direção-Geral da Saúde esclarecimentos sobre esta proibição, preferindo que o caso fosse tratado a nível municipal, o que agora se verifica.
Em Portugal, morreram 2590 pessoas dos 146.847 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da DGS.
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Isto faz-me lembrar o P. Portas, ou seja, um sinal claro que as coisas vão muito mal com governo, está a rebentar…