/

Mais três mortes e 375 novos casos. Festa em Lagos já fez 76 infetados

1

António Cotrim / Lusa

A ministra da Saúde, Marta Temido

Portugal registou, esta sexta-feira, mais três mortes relacionadas com a covid-19 e mais 375 infetados, sendo que 76% do total registou-se na região de Lisboa e Vale do Tejo.

De acordo com o boletim epidemiológico desta sexta-feira divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal registou, nas últimas 24 horas, mais três mortes (aumento de 0,19%) e 375 novas infeções (aumento de 0,98%) de covid-19.

Segundo a DGS, 284 dos 375 casos verificaram-se na região de Lisboa e Vale do Tejo (76% do total). A região Norte tem mais 28 casos, o Centro mais 21, o Alentejo mais nove e o Algarve mais 32. A Madeira voltou a registar um caso.

O boletim mostra ainda que dois dos três óbitos ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo e o outro na região Centro: um homem com entre 60 a 69 anos, uma mulher com entre 70 e 79 e uma mulher com 80 anos ou mais.

No total, o país contabiliza 1527 vítimas mortais e 38.464 infetados. Até ao momento, 24.477 pessoas recuperaram da doença, ou seja, houve mais 467 recuperados relativamente ao dia de ontem.

O boletim desta sexta-feira indica ainda que o número de doentes hospitalizados é, neste momento, de 422 (mais seis do que na quinta-feira), dos quais 67 pacientes estão nos cuidados intensivos, o mesmo número que ontem.

Há ainda 29.046 pessoas em vigilância pelas autoridades de saúde e 1530 aguardam resultado laboratorial para saber se estão infetadas.

No total, a região Norte é a que regista o maior número de casos confirmados (17.236), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (16.255), do Centro (3955), do Algarve (480) e do Alentejo (304). Há ainda 143 casos nos Açores e 91 na Madeira.

Festa ilegal em Lagos já fez 76 infetados

Antes da publicação do boletim epidemiológico da DGS, as autoridades de Saúde do Algarve realizaram uma conferência de imprensa para atualizar os números de casos na região.

Segundo a rádio TSF, as autoridades confirmaram que, até ao momento, há “76 casos confirmados do surto de Lagos”, que se iniciou numa festa ilegal realizada em Odiáxere.

O grupo etário mais atingido é entre os 20 e os 29 anos, sendo que já estão confirmadas nove infeções em crianças entre os zero e os nove anos.

De acordo com o boletim da DGS, o concelho de Lagos registou mais 20 casos nas últimas 24 horas.

“Dificuldades em quebrar cadeias de transmissão”

Na habitual conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia em Portugal, a ministra da Saúde, Marta Temido, avançou que, entre 11 e 15 de junho, o R médio foi de 0,98, ou seja, o número reprodução de contágios mantém-se próximo de um, avança o Observador.

A governante afirmou que estão “a ter dificuldades em quebrar as cadeias de transmissão, ainda que o R seja inferior àquilo que já foi”, declarou.

Temido acrescentou que a “maior preocupação está circunscrita a cinco concelhos da área de Lisboa” e, por isso, está marcada uma reunião para a próxima segunda-feira “que contará com a presença do primeiro-ministro e que envolverá o presidente da Área Metropolitana de Lisboa e os presidentes de câmara destas áreas geográficas”.

Não é possível baixar a guarda e estão redondamente enganados aqueles que pensam que podem regressar às suas vidas na normalidade anterior. Isso só acontecerá quando uma vacina ou um tratamento eficaz forem descobertos. Daqui até lá não hesitaremos em usar as medidas de saúde pública necessárias a que a supressão da doença seja efetivamente adquirida e conquistada para todos”, reforçou a ministra, citada pelo mesmo jornal online.

“Os portugueses fizeram sacrifícios enormes nos últimos meses e o ministério da Saúde e Governo não irão correr o risco de deixar que esse esforço seja desperdiçado. O comportamento individual é a melhor forma de cada um se proteger a si, proteger os mais expostos e vulneráveis e proteger o sistema de saúde. Isto é uma maratona, não é um sprint”, declarou ainda.

Sobre o surto no IPO, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, adiantou que “está controlado”, havendo, atualmente, “13 profissionais e 17 doentes positivos”. A ministra confirmou a existência de uma vítima mortal, que “terá falecido numa outra unidade de saúde”.

Atualmente, há 3681 profissionais de saúde infetados, dos quais 516 são médicos, 1180 enfermeiros, 1082 assistentes operacionais, 166 assistentes técnicos, 113 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e 620 profissionais de grupos profissionais diversos.

ZAP //

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.