Os nossos amigos de quatro patas não mudaram muito durante a pandemia. Mas o stress e falta de socialização também se estenderam aos cães, que se tornaram mais difíceis de treinar quando viveram o início da sua vida fechados em casa.
Uma equipa de investigadores do Dog Aging Project, um enorme projeto que acompanha a vida e a saúde dos cães em todo os Estados Unidos, decidiu averiguar os efeitos da pandemia nos cães.
Apesar de, ao contrário do esperado, as diferenças comportamentais destes animais não terem sido significativas, houve um fator que se destacou.
“Curiosamente, descobrimos que, ao longo do período da pandemia de COVID-19, não houve mudanças substanciais nos perfis comportamentais gerais dos cães de ano para ano, apesar do que poderíamos ter esperado, dadas as mudanças no ambiente e nas rotinas que muitos estavam a experimentar nessa altura”, afirma à Earth Courtney Sexton, investigadora principal da Virginia Tech.
Por outro lado, uma descoberta destacou-se: a capacidade de treino dos nossos amigos de 4 patas registados nos anos de pandemia foi menor.
Os cães inscritos em 2020 obtiveram pontuações mais altas do que os adicionados nos anos seguintes. As pontuações caíram em 2021, 2022 e 2023.
Mas a raça e o tamanho corporal também interferiam nos resultados, concluíram os autores do estudo publicado na PLOS One este mês — cães pequenos eram mais medrosos, mais agressivos e menos treináveis do que cães maiores. PAra além disso, os investigadores concluíram que os machos eram mais agressivos e menos fáceis de treinar do que as fêmeas.
“Vimos que certos fatores, como a fase de vida do cão, sexo e tamanho, tinham alguma influência no seu comportamento”, disse Sexton.