A Organização Mundial de Saúde (OMS) optou por não declarar uma emergência internacional face ao surto de coronavírus detetado na cidade de Wuhan, na China, que já provocou 17 mortes e mais de 600 infetados.
Depois de dois dias de reuniões na sede da OMS em Genebra, um comité de emergência formado por médicos especialistas de vários países e convocado pelo diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, descartou, por enquanto, o possível alerta internacional receando que “seja demasiado cedo”.
A Organização Mundial de Saúde reserva a possibilidade de reunir o comité no futuro para discutir novamente uma eventual emergência internacional, o que implicaria a implementação de medidas preventivas a nível global.
“Não se enganem. Esta é uma emergência na China, mas ainda não se tornou uma emergência de saúde global”, afirmou a organização numa conferência de imprensa, citada pelo Observador.
Aeroportos em todo o mundo começaram a tomar precauções para lidar com o fluxo de turistas chineses que tiram férias no Ano Novo Lunar. As medidas de segurança seguem-se ao anúncio de que as autoridades chinesas colocaram três cidades de quarentena: Wuhan, o epicentro do surto, e as duas cidades vizinhas Huanggang e Ezhou.
O novo vírus que causa pneumonias virais já infetou mais de 600 pessoas e provocou a morte a pelo menos 17. Além da China, já foram detetados casos em Macau, Tailândia, Taiwan, Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos.
Pequim e Macau estão a tentar controlar a propagação do vírus e decidiram cancelar as festividades do Ano Novo chinês, que decorrem de 25 de janeiro a 8 de fevereiro.
A ansiedade em torno da doença aumentou depois de um especialista do Governo chinês ter assumido que o novo tipo de coronavírus é transmissível entre seres humanos.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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