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ADSE já enviou novas tabelas de preços dos privados

Após sucessivos adiamentos, a direção da ADSE enviou ao seu conselho consultivo as novas tabelas de preços a aplicar ao regime convencionado.

A nova relação de preços a aplicar ao regime convencionado, que ainda está sujeita a alterações, surge seis meses depois de os grandes grupos privados de saúde terem ameaçado romper os acordos com o subsistema de saúde.

A informação é avançada esta sexta-feira pelo Jornal de Negócios, que cita o presidente Conselho Geral de Supervisão da ADSE, João Proença. “As tabelas foram enviadas ao Conselho Geral e de Supervisão, com a indicação de que irão ser distribuídas a alguns prestadores para recolher contributos que permitam à ADSE elaborar a versão final”, afirmou João Proença.

O Conselho Geral vai agora pronunciar-se sobre o conteúdo das novas tabelas, que determinam quanto é que o subsistema de saúde tem de pagar por cada ato médico aos prestadores privados que têm acordo com a ADSE. O novo regime convencionado está a ser negociado há quase dois anos, mais precisamente desde outubro de 2017.

Sem novos preços, a ADSE começou a aplicar as chamadas regularizações, pedindo a correção da faturação relativa a anos anteriores, em função da análise dos preços mínimos ou médios apresentados por outros prestadores.

A medida resultou numa fatura de 38 milhões de euros, que foi contestada pelos grupos Luz Saúde e José de Mello Saúde, que ameaçaram romper os acordos com a ADSE.

Somando às denúncias dos grupos Lusíadas, Luz Saúde e José de Mello Saúde, os beneficiários da ADSE – cerca de 1,2 milhões que integram este subsistema dos funcionários públicos – perderiam pelo menos 69 pontos de apoio médico em todo o território nacional

Os detentores de cartão da ADSE não deixariam de ser atendidos nas referidas unidades de saúde, mas a partir de abril (CUF e Luz) poderiam ter outros preços. Tanto os hospitais Cuf como os da Luz anunciaram que iriam ter preços “especiais” para os beneficiários da ADSE.

O atraso de cinco meses na elaboração da nova tabela de preços foi justificada no início deste mês com falta de pessoal, tarefa de enorme complexidade e recolha de informação junto de diversas fontes.

ZAP //

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