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Crianças resgatadas “estão bem de saúde”. Bombas falharam pouco depois

Rungroj Yongrit / EPA

As autoridades sanitárias tailandesas indicaram que, embora tenham perdido peso, os jovens resgatados de uma gruta no norte da Tailândia “estão bem de saúde”.

Para o inspetor de saúde pública Thongchai Lertwilairatanapong, as 12 crianças e o treinador “cuidaram bem de si mesmos”, durante os 18 dias em que estiveram presos na gruta.

O responsável indicou que o treinador e um dos últimos jovens a serem resgatados contraíram uma “leve infeção pulmonar”. Do primeiro grupo a ser resgatado, no domingo, dois apresentaram os mesmos sintomas, acrescentou.

Na terça-feira à noite, no terceiro dia das operações de resgate na gruta, o salvamento das 12 crianças e do treinador de futebol suscitou imediatas reações à escala mundial, com vários líderes internacionais a celebrarem o feito.

Entre eles Marcelo Rebelo de Sousa que, numa nota publicada no site da Presidência, diz ter acompanhado, “com angústia e esperança, como todos os portugueses, o caso dos jovens tailandeses que, com o seu treinador, se encontraram retidos ao longo dos últimos dias numa gruta do seu país” e, por isso, “transmitiu a Sua Majestade o Rei da Tailândia a sua satisfação e alegria com o feliz desfecho“.

“Enaltecendo a força de caráter de todos os envolvidos, este é também um exemplo de como a cooperação internacional e a entreajuda contribuíram para um final feliz para esta aventura”, pode ler-se na nota do Presidente da República.

O grupo ficou preso numa gruta durante 18 dias, metade dos quais sem acesso a água potável e a comida. Os 12 rapazes, entre os 11 e os 16 anos, e o treinador, de 25, foram explorar a gruta depois de um jogo de futebol no dia 23 de junho.

Royal Thai Army Handout / EPA

As 12 crianças que ficaram presas numa gruta na Tailândia

Na altura, as inundações resultantes das monções bloquearam-lhes a saída e impediram que as equipas de resgate os encontrassem durante nove dias, uma vez que o acesso ao local só era possível via mergulho através de túneis escuros e estreitos, cheios de água turva e correntes fortes. Nas operações de socorro participaram 90 mergulhadores, 40 tailandeses e 50 estrangeiros.

Bombas falharam pouco depois

O local onde os jovens ficaram presos estava localizado a cerca de quatro quilómetros da entrada da gruta, num complexo de túneis com zonas muito estreitas e alagadas pelas chuvas da monção que afetaram a zona, o que obrigou a que parte do percurso tivesse que ser feito debaixo de água e sem visibilidade.

Um dos mergulhadores envolvido nas operações de resgate, antigo membro da marinha tailandesa faleceu, por falta de oxigénio, depois de ter entregado uma reserva de ar às crianças e ao treinador.

A operação teve outros percalços, entre eles quando um grupo de voluntários não registados nas equipas de resgate enganou-se e, em vez de retirar água da gruta, bombeou água para o seu interior.

Além disso, as bombas de extração montadas na gruta falharam pouco depois das operações de socorro, avança o The Guardian. O nível da água subiu rapidamente, obrigando a uma evacuação dos mergulhadores que ainda se encontravam no local.

O treinador Ekapol Chanthawong, de 25 anos, foi o último a ser retirado. O treinador “Ake”, como era conhecido, foi monge budista por uma década e, durante o tempo em que estiveram presos, ensinou a crianças a meditar, ajudando-as a manter-se calmas e a preservar energia.

A história teve um final feliz e, de acordo com alguns meios de comunicação, Hollywood até já está a pensar transportar este episódio para o grande ecrã.

ZAP // Lusa

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