O resgate das 12 crianças presas numa caverna na Tailândia foi bem sucedido, tendo todas as crianças e o seu treinador sido retiradas em apenas 3 dias. A missão, que poderia ter levado meses, terminou de forma muito mais rápida do que era prevista.
A última fase de salvamento da equipa de futebol dos Wil Boars foi retomada esta terça-feira. Os média presentes no local já relataram que todos os 13 rapazes saíram da gruta, tendo sido imediatamente direcionados para o hospital.
A Marinha Tailandesa escreveu esta segunda-feira, no Facebook, que a equipa de futebol vai reunir-se ainda hoje. Anunciado, pouco depois, que o resgate tinha sido completado com sucesso.
Inicialmente, as autoridades locais pensaram manter o grupo dentro da caverna até o fim do período das fortes chuvas que têm atingido a região. No entanto, a estação mais chuvosa do país está apenas e começar e, a possibilidade de a caverna inundar, levou as equipas dos mergulhares a começar de imediato a operação de salvamento.
A diminuição da chuva e dos níveis de água permitiram que as operações pudessem ser adiantadas. “Não há dia em que estejamos mais preparados do que hoje”, disse Narongsak Osottanakorn, chefe das operações no primeiro dia do resgate.
Na segunda-feira, os mergulhadores conseguiram retirar mais 4 crianças da caverna, depois dos primeiros rapazes terem saído no domingo.
O treinador Ekapol Chanthawong, de 25 anos, foi o último a ser retirado. O treinador “Ake”, como era conhecido, foi monge budista por uma década e, durante o tempo em que estiveram presos, ensinou a crianças a meditar, ajudando-as a manter-se calmas e a preservar energia.
Quando a equipa de mergulhadores britânica encontrou os jovens, estes estariam a meditar, num exercício que tem ajudado a acalmar as crianças desde 23 de junho, quando foram surpreendidas pela inundação parcial do complexo subterrâneo montanhoso Doi Nang Non, na Tailândia.
“Mini-submarino” de Musk “não é prático”
O multimilionário norte-americano Elon Musk entregou nesta segunda-feira à Marinha os “mini-submarinos” que tinha prometido, caso o plano inicial não funcionasse. Através do Twitter, o dono da Tesla, disse que as cápsulas criadas já estavam disponíveis, caso fosse necessário. Acrescentando: “A Tailândia é tão bonita”.
De acordo com Michael Safi, correspondente do “The Guardian” na Ásia, o chefe de operações no terreno reconheceu que a “tecnologia é boa”, mas “não é prática para esta missão”. Apesar das suas potencialidades, as cápsulas só permitem transportar uma pessoas de cada vez. Além disso, e tendo em conta o seu tamanho, o treinador Ake não poderia ser transportado nestes “mini-submarinos”.
Identidade das crianças não foi revelada
Desde o começo da operação de resgate, não foi divulgada a identidade das crianças que iam sendo resgatas. Nem mesmo os pais sabiam quais os jovens que já tinham sido resgatados ou que faltavam resgatar.
Só nesta terça-feira é que as primeiras crianças – já resgatadas no domingo – puderam ver os seus pais, à distância através de uma janela de vidro do hospital onde se encontram a recuperar.
O informação foi sempre cuidadosamente difundida. A BBC aponta as razões principais para a conduta cautelosa que foi constante durante o resgate.
Durante o resgate, os pais da crianças estavam todos juntos num acampamento junto à caverna. A identidade das crianças não foi sendo revelada à medida do resgate, porque as autoridades queriam evitar que, enquanto alguns pais celebrassem a alegria de ver os seus filhos a salvo, outros vivessem na angústia minuto a minuto à espera que os restantes fossem salvos.
Por outro lado, as autoridades também quiseram estabelecer um “cordão sanitário” para evitar a fuga de informações que pudessem prejudicar o resgate ou as próprias famílias, conta a BBC. O acesso a telemóveis, por exemplo, estava restrito apenas a alguns membros das equipas de resgate, sendo as informações partilhadas apenas com um grupo pequeno de pessoas.
No domingo, Narongsak Osottanakorn criticou a atuação de alguns média que intercetaram escutas nas comunicações da polícia via rádio e que usaram drones para captar imagens de áreas restritas. Os pais das crianças seguem as indicações das autoridades tailandesas, mantendo-se reservados.
O cultura tailandesa é ainda conhecida pela modéstia e respeito. Assim, os pais das crianças valorizam os trabalhos que foram sendo feitos, respeitando a mobilização dos mergulhadores de forma a não comprometer as operações.
A BBC cita ainda um ditado tailandês que diz: “Evitarás ofender quem te ajuda, pedindo mais do que este te dá”.
Ainda bem, coitados dos rapazes. Mas quem os mandou para o diabo da gruta?
Espeleologia existe em todo o lado. É normal… Mas a Tailândia como todos os países do Sudeste Asiático é meteorologicamente imprevisível e extrema, nesta altura das monções.
O meu chapéu tirado ao Celta pelo comentário! É incrível a morbidez e o egoismo das pessoas. Repare-se que quando uma notícia é má, os comentários são às dezenas. Se for má e sobre política, ui!!.. Isso então é o diabo! As pessoas até espumam a insultar-se umas às outras de tão acalorados e apaixonados que são os comentários!
Conseguem-se salvar as crianças todas que estvam condenadas a morrer uma morte lenta dentro de uma gruta escura fria e húmida… E as reacções aqui são zero! A malta lê isto e reage “ah sim? Olha que bom. Caguei… Onde é que está a próxima má notícia”. E depois admiram-se que os jornais só deem más notícias… Pudera! eles têm de ter audiências! Senão os anunciantes…