O novo Ministro Adjunto e amigo próximo do primeiro-ministro admite que o “Estado falhou” e que o Governo “está fragilizado” mas assegura estar motivado para o novo desafio.
Em declarações ao jornal ECO, Pedro Siza Vieira, sócio da Linklaters e advogado há quase 30 anos, diz que está motivado e que só assim poderia aceitar o convite repentino do amigo de longa data António Costa.
“Tive apenas umas horas para dar uma resposta. Claro que estou motivado. Temos um país devastado, o Estado falhou e temos um Governo fragilizado. Só aceitaria este cargo estando motivado. Por isso claro que estou motivado”, afirmou o novo Ministro Adjunto, de 52 anos.
Segundo o jornal, foi Siza Vieira quem chegou a dar parecer jurídico a Constança Urbano de Sousa, ministra que se demitiu esta quarta-feira, para analisar o contrato com o SIRESP depois da tragédia em Pedrógão Grande.
Agora, diz estar pronto para servir o país. “Estive 30 anos a servir os meus clientes, agora vou servir o meu país”, afirma.
O advogado trabalhou para o consórcio Atlantic Gateway no processo de privatização da TAP e esteve envolvido no dossiê Oitante, sociedade que ficou com os ativos tóxicos do Banif.
Foi conselheiro legal na Câmara Municipal de Lisboa, conselheiro do governador de Macau, é ainda docente na Faculdade de Direito da Universidade Católica em Lisboa e presidente da Associação Portuguesa de Arbitragem.
Atualmente, é também membro da Comissão de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional e, entre 2000 e 2006, foi membro do Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e também da Associação das Sociedades de Advogados de Portugal, escreve o ECO.
No início de setembro, a imprensa já avançava que Siza Vieira podia juntar-se ao Executivo socialista numa próxima remodelação do Governo, embora não se soubesse qual a pasta que iria assumir.
Agora, junta-se a Eduardo Cabrita, que antes ocupava o cargo de Ministro Adjunto e que passa a ficar com a pasta da Administração Interna. Os dois tomam posse no sábado, às 09h00, no Palácio de Belém.