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Detetadas 21 anomalias no submarino desaparecido ARA San Juan

(dv) Armada Argentina / EFE / EPA

Submarino ARA San Juan da Armada Argentina

O submarino argentino, desaparecido a 15 de novembro do ano passado, foi inspecionado no final de 2016, tendo-se verificado 21 anomalias como “very-lights” caducados e rádios transmissores obsoletos, informaram fontes oficiais.

As duas testemunhas que falavam perante a comissão parlamentar que estuda as causas do desaparecimento do submarino coincidiram nas declarações sobre as anomalias detetadas e garantiram que “estavam todas em resolução” desde a saída do aparelho do porto de Ushuaia.

Segundo um comunicado do Senado argentino, o submergível precisava de corrigir as anomalias para o seu “adequado funcionamento”, algo que acabou por não acontecer.

“Entre as anomalias detetadas estão objetos de pirotécnica como very-lights de sinalização e rádios transmissores obsoletos”, revela ainda o documento.

O submarino ARA San Juan tinha zarpado em 13 de novembro do porto de Ushuaia, onde participou em manobras de treino integrado, e regressava à base, no Mar de Prata, quando desapareceu.

Horas depois perdeu-se toda a comunicação com o aparelho e duas agências internacionais registaram na zona “um incidente consistente com uma explosão”, que se admitiu poder estar relacionado com o desaparecimento do submarino.

13 dias depois do desaparecimento, foi divulgada a última mensagem emitida pela tripulação, que revela a entrada de água na embarcação, provocando um curto-circuito e um princípio de incêndio na zona das baterias.

A 1 de dezembro, as Forças Armadas argentinas anunciaram que iam parar as operações de busca por sobreviventes, tendo dado como mortos os 44 tripulantes do submarino.

Entretanto, o Governo da Argentina afirmou que suspeitava de corrupção no processo de reparação do submarino e a Marinha argentina também foi dada como culpada porque terá omitido ao Ministério da Defesa oito chamadas realizadas pelo ARA San Juan no dia do desaparecimento.

ZAP // Lusa

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