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Viúva do médico Li Wenliang não quer o seu nome na rua da embaixada chinesa em Washington

(dr)

A viúva do médico chinês que alertou para a existência do novo coronavírus em Wuhan está contra uma proposta de políticos norte-americanos para dar o nome do marido à rua onde fica a embaixada chinesa em Washington.

Li Wenliang foi um dos médicos que, inicialmente, tentou alertar a comunidade médica para a existência de um novo coronavírus em Wuhan, na China. O profissional de saúde foi recriminado pela polícia, acusado de “espalhar rumores” e, num triste desfecho, acabou por morrer infetado.

Agora, conta o Diário de Notícias, a sua mulher, Fu Xuejie, está contra uma proposta de vários republicanos da Câmara dos Deputados e do Senado dos Estados Unidos para dar o nome do marido a uma rua em frente à embaixada chinesa em Washington.

Se esta proposta for aprovada, o endereço oficial da embaixada chinesa no noroeste de Washington será alterado de “3505 International Place” para “1 Li Wenliang Plaza“, avança o jornal.

“Fico triste por saber desta notícia. Wenliang era membro do Partido Comunista e amava profundamente a sua pátria. Se ele soubesse, não permitiria que outras pessoas usassem o seu nome para ferir a sua pátria“, escreveu a viúva, este sábado, nas redes sociais.

A morte de Wenliang provocou uma onda de revolta na China contra o Governo, tendo sido mesmo apelidado de herói nacional. Na altura, vários académicos e outras centenas de cidadãos assinaram uma petição na qual exigiam que seja protegido o direito à liberdade de expressão no país.

A nível global, segundo o último balanço da agência AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 370 mil mortos e infetou mais de seis milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 2,5 milhões de doentes foram considerados curados.

ZAP //

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