Uma multidão de quase 1500 pessoas assistiu hoje à cerimónia fúnebre celebrada na Sagrada Família, em Barcelona, para prestar homenagem às 150 vítimas do despenhamento do avião da Germanwings, a 24 de março nos Alpes franceses.
À cerimónia fúnebre, oficiada pelo arcebispo-cardeal de Barcelona, Lluís Martínez Sistach, assistiram os reis de Espanha, o primeiro-ministro, Mariano Rajoy, e o presidente da Generalitat, Artur Mas, acompanhados das respetivas mulheres, além dos presidentes de outras regiões autónomas espanholas e dos presidentes do Congresso, do Senado e do Tribunal Constitucional.
Cerca de 600 familiares das 52 vítimas que residiam em Espanha, a maioria na Catalunha, assistiram à cerimónia, bem como os alunos do Instituto Giola de Llinars del Vallès (Barcelona), onde esteve um grupo de estudantes alemães de Haltern am See que morreram quando regressavam a casa após o intercâmbio escolar.
Os alunos levaram 150 velas, uma por cada vítima, que depositaram na escadaria do altar da basílica da Sagrada Família.
Na cerimónia, em que foram faladas cinco línguas – catalão, castelhano, francês, alemão e inglês -, além de um cântico em grego, estiveram também presentes, em representação da Alemanha, a vice-presidente da Renânia Norte-Vestefália, Sylvia Löhrmann, e o ministro federal dos Assuntos Especiais alemão, Peter Altmaier.
O procurador-geral de Marselha, França, e muitos embaixadores, de Reino Unido, Estados Unidos, França, Alemanha, Dinamarca, Holanda, Cazaquistão, Bélgica, Japão, Chile, México e Colômbia, bem como elementos das equipas de emergência e da polícia encontravam-se igualmente entre a assistência, tal como o presidente da Lufthansa, Carsten Sphor, e o diretor-geral da Germanwings, Thomas Winkelmann.
Ao fim de mais de uma hora de homilia e cânticos, a cerimónia terminou com a intervenção dos representantes das comunidades evangélica, judaica e muçulmana da Catalunha, que transmitiram o seu pesar às famílias das vítimas.
Os reis de Espanha, Felipe VI e Letícia, cumprimentaram um por um os 600 familiares presentes, detendo-se especialmente junto dos mais emocionados, com quem conversaram, tentando transmitir-lhes a sua solidariedade.
/Lusa