Marcelo Rebelo de Sousa não comenta a investigação à alegada “cunha” no caso das gémeas brasileiras que foram tratadas no Serviço Nacional de Saúde com um dos medicamentos mais caros do mundo, mas classifica a actual realidade política do país como “um novo tempo” a “três tempos”.
Foi depois de ter estado no lançamento do livro “Elementos de Política Constitucional”, escrito pelo vice-presidente do PSD Paulo Rangel, que Marcelo Rebelo de Sousa falou com os jornalistas para responder apenas àquilo que achou pertinente.
Confrontado com os resultados das recentes sondagens que apontam para o crescimento do Chega, o Presidente da República salientou que entramos, agora, “num novo tempo” em que “o Presidente apaga-se”.
“Entrou-se num novo tempo, que tem três tempos. O primeiro é dos partidos, com programas, congressos, debate, eleições. O segundo é o do povo, o do voto. Depois há o tempo do Presidente, da formação de Governo”, notou Marcelo, considerando que, “nesta primeira fase, o Presidente apaga-se”.
Quanto às eleições antecipadas de 10 de Março, Marcelo referiu que vai procurar “a fórmula que corresponda mais àquilo que foi a intenção do voto popular“.
Sobre o data em que vai exonerar o primeiro-ministro, Marcelo confirmou que será depois da votação do Orçamento do Estado para 2024, ou seja, “nos primeiros dias de Dezembro”.
Marcelo “tranquilo” com investigação ao caso das gémeas brasileiras
O Presidente da República também saudou a abertura pelo Ministério Público de um inquérito sobre o caso das gémeas brasileiras que receberam no Hospital de Santa Maria um tratamento com um dos medicamentos mais caros do mundo.
“Foi aberto, e bem, um inquérito contra desconhecidos“, declarou Marcelo, reforçando que já tinha dito que “era importante o esclarecimento dessa matéria, ou por iniciativa daqueles que trabalhavam na instituição em causa, ou por auditoria interna ou por qualquer forma de investigação”.
“Está aberto um inquérito e eu estou satisfeito com isso”, acrescentou, recusando responder a mais perguntas sobre o assunto.
O chefe de Estado, que já negou ter interferido neste caso, foi interrogado uma vez mais sobre se teve alguma intervenção, se o seu filho lhe falou do assunto e se está disponível para, eventualmente, prestar declarações neste processo.
Mas Marcelo não disse mais nada e salientou que só pretende “saudar aquilo que foi a abertura de um inquérito”, frisando que “é importante para o apuramento da verdade“.
“Eu já estava tranquilo, continuo tranquilo“, prosseguiu. “Deve dar-se a quem investiga, internamente, externamente, o poder de investigar”, concluiu.
ZAP // Lusa
Com respeito aos seus Familiares Brasileiros , efetivamente pode estar como diz “Tranquilo” . Bem sabe que de uma abertura de Inquérito até a Verdade dos Factos , já não ocupará o cargo de P.R e muito menos serão identificados quaisquer arguidos . Este caso como muitos outros acabaram (abafados) e apagados da memoria de muitos Contribuintes . As Netinhas vão melhorar ….ainda bem !…. ao menos isso ! . E más línguas dizem que o SNS está un desastre ??????