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António Manuel Baptista Dias (direita) com o candidato à Câmara de Setúbal, Fernando José
Esteve preso, foi condenado por tentativa de homicídio e é professor. Agora, luta por um mandato na Câmara de Setúbal em nome do PS, situação inédita entre os socialistas.
António Manuel Baptista Dias é o número 5 nas listas do PS para a Câmara Municipal de Setúbal. Mas o professor do ensino secundário de 67 anos tem sido alvo de críticas devido ao seu envolvimento político no passado.
Segundo apurou o Observador, António Manuel Baptista Dias foi membro das FP-25, grupo terrorista criado após a revolução de abril.
“O último crime que este senhor cometeu foi a morte do agente Álvaro Militão. Foi em 1987, mais de 12 anos depois do 25 de Abril. Não havia aqui nem PREC, nem euforia revolucionária, nem nada que se pareça. Já tínhamos entrado na comunidade europeia, éramos uma democracia consolidada”, acusa ao mesmo jornal Manuel Castelo-Branco, filho de uma vítima do grupo armado.
“É um branqueamento do que foi o passado deste senhor, como se nada tivesse acontecido”, comenta ainda o filho de Gaspar Castelo-Branco, diretor dos Serviços Prisionais assassinado pelas FP-25.
O ex-membro do grupo esteve preso mais do que uma vez e chegou mesmo a ser condenado pela tentativa de homicídio de um agente da PSP. No programa da Rádio Observador “E o Vencedor é”, o especialista Nuno Gonçalo Poças aponta que o atual candidato autárquico do PS esteve “envolvido em vários dos grandes assaltos” das FP-25, e “foi não só um dirigente, mas um operacional bastante peculiar.Era conhecido por não ser particularmente habilidoso no disparo e, portanto, gostava de rebentar com tudo à bomba“.
A situação, ao contrário do que acontece no Bloco de Esquerda, que já apresentou no passado candidatos relacionados com as FP-25, é inédita no PS. Mas António Manuel Baptista Dias já fora candidato socialista à junta de São Sebastião. Chegou mesmo a ser homenageado com uma medalha de ouro da categoria de cultura pelo município de Setúbal.
O comentador Miguel Morgado acusou, na SIC Notícias, o PS de “patrocinar a radicalização da política” com a apresentação deste candidato.
O Amorim do Chega é deputado e arrebentou com muita coisa á bomba, inclusive matou um padre no norte, tudo isto é muito tendencioso.