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TAP pagou despesas escolares dos filhos dos gestores. Ex-CEO brasileiro recebeu 36 mil euros por ano

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António Cotrim / Lusa

Ex-presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, discursa durante evento.

O ex-presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves.

A TAP pagou um subsídio de frequência escolar para ajudar na educação dos filhos de quatro gestores entre 2016 e 2022. Usufruíram desse apoio os
ex-CEOs Christine Ourmières-Widener e Antonoaldo Neves, bem como o filho do ex-accionista Humberto Pedrosa e o ex-responsável financeiro da empresa.

Este apoio para a educação dos filhos dos gestores pago pela TAP foi dos 15 mil euros aos 36 mil euros por ano e começou a ser pago a partir de 2016, ou seja, após a venda da companhia de aviação à Atlantic Gateway de David Neeleman e Humberto Pedrosa.

A informação consta no relatório preliminar da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP que foi divulgado nesta quarta-feira.

David Pedrosa, filho do ex-accionista da TAP Humberto Pedrosa, foi o primeiro gestor a ter direito ao subsídio. “Em 2016 e 2017, recebeu 24 mil euros por ano, uma média de dois mil euros por mês, mas, a partir de Fevereiro de 2018, passou a receber 18.500 euros, uma média de 1541 euros por mês”, aponta o Correio da Manhã (CM).

Pedrosa filho tinha um salário de 420 mil euros brutos por ano, cerca de 30 mil euros por mês.

O ex-presidente executivo da TAP Antonoaldo Neves também teve direito ao mesmo subsídio escolar, recebendo 36 mil euros no ano de 2017. A partir de Fevereiro de 2018, o subsídio baixou para os 18.500 euros, ainda segundo o CM.

Antonoaldo Neves foi o presidente executivo da TAP que recebeu o maior salário, com um valor superior a 630 mil euros. A este valor, além do subsídio escolar, juntava-se ainda um subsídio de residência de 96 mil euros. O gestor saiu da TAP em Setembro de 2020 depois de um acordo de rescisão com o Governo.

Reprodução do Relatório da CPI à TAP.

Quadro mostra valores pagos pela TAP a Antonoaldo Neves, David Pedrosa e Raffael Alves em 2018.

Quadro mostra valores pagos pela TAP a Antonoaldo Neves, David Pedrosa e Raffael Alves em 2018.

A última ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, ganhava 504 mil euros em 2021, cerca de 36 mil euros por mês, recebendo também um subsídio de residência de 30 mil euros, bem como outros benefícios, incluindo um subsídio escolar de 15 mil euros por ano.

Reprodução do Relatório da CPI à TAP.

Quadro mostra subsídio escolar pago pela TAP, e outros valores, a Christine Ourmières-Widener em 2021.

Quadro mostra subsídio escolar pago pela TAP, e outros valores, a Christine Ourmières-Widener em 2021.

O ex-responsável financeiro da TAP, Raffael Quintas Alves, também recebeu o apoio para as despesas escolares dos filhos no valor de 18.500 euros por ano. O seu salário era da ordem dos 20 mil euros por mês.

ZAP //

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6 Comments

  1. Só o Subsidio de residencia em um ano dava para pagar casas com creditos a 30 Anos, com estes ordenados e estes subsidios , como é possivel alguma vez uma empresa gerar Lucros

  2. Que trabalho fizeram esses “senhores e senhoras” para merecerem tais regalias? A empresa foi tão mal gerida que está a ser vendida, certo? Face aos maus resultados, possivelmente por esta má gestão, más atitudes, essas e outras, eles deveriam ser obrigados a devolver o que receberam. Tiveram mais regalias do que um médico que salva a vida de muitos portugueses. O governo que entregue a TAP a um pobre que saberá gerir muuuito melhor do que esses “aproveitadores”.

  3. E o governo vem falar que fez muito com um abono de família temporário de 50€ por mês. Vamos fechar logo esta empresa que só da prejuizo.

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