O Governo terá prometido um prémio de 20% ao anterior acionista da TAP, David Neeleman, na compra das ações detidas pela Atlantic Gateway.
A revelação deste prémio consta no acordo secreto celebrado entre a Parpública e a Atelantic Gateway, no dia 30 de junho de 2017, avança o Correio da Manhã.
A Parpública foi a sociedade usada pelo Estado para comprar a participação que David Neeleman e Humberto Pedrosa detinham na TAP.
Pedro Marques, atual eurodeputado do PS, era o ministro das Infraestruturas. A Parpública foi representada pelo então presidente, Miguel Cruz, e vice-presidente, Carlos Durães da Conceição.
O documento, denominado “acordo parassocial e de compromissos estratégicos”, a que o jornal teve acesso, previa o pagamento do prémio nas situações de bloqueio e de incumprimento da Parpública, previstas em duas cláusulas.
O preço das ações da TAP seria apurado por uma avaliação independente, ao qual seriam acrescidos 20%, explica o matutino.
Em 2020, Neeleman abandonou a sua participação na TAP, mas Pedrosa manteve-se até ao final de 2021. Devido à pandemia de covid-19, o Estado e a Atlantic Gateway entraram numa situação de bloqueio sobre o apoio público a dar à TAP. O Estado acabou a pagar 55 milhões de euros a Neeleman para que saísse da companhia.
Custo total da reestruturação da TAP: 5 mil milhões
O presidente da Parpública adiantou hoje que o custo total da reestruturação da TAP atinge cerca de 5.000 milhões de euros, somando a ajuda pública de 3.200 milhões com a contribuição própria da empresa e a compensação Covid.
O custo do plano de reestruturação da TAP vai atingir cerca de 5.000 milhões de euros”, adiantou o presidente da Parpública, Jaime Andrez, em resposta a uma questrão do deputado Bernardo Blanco, da Iniciativa Liberal (IL), na comissão parlamentar de inquérito à TAP.
“A soma da contribuição própria com o auxilio de Estado global – não só o auxilio da reestruturação, mas também o auxílio da compensação covid – é que vão somar o custo global da reestruturação“, esclareceu o presidente da holding do Estado que gere as participações públicas em empresas.
O responsável sublinhou que as negociações com Bruxelas sobre o plano de reestruturação da TAP, aprovado em 21 de dezembro de 2021, foram “muito difíceis”, sobretudo sobre “dois instrumentos muito importantes para a decisão final da Comissão Europeia”, que tinham a ver com a partilha de perdas pelos diversos parceiros da companhia e com o contributo próprio da empresa.
A contribuição própria tem a ver com a redução de custos para ajudar a viabilização da atividade económica e financeira da empresa, explicou Jaime Andrez.
Já questionado sobre o conhecimento que tem sobre o processo de privatização da TAP, Jaime Andrez disse que “ainda está numa fase de reflexão”. “Não há qualquer informação consolidada que possa transmitir aqui hoje”, apontou.
Relativamente à consultora norte-americana que estará a assessorar a TAP no processo de privatização, a Evercore, Jaime Andrez começou por responder ao deputado Hugo Carneiro que só conhecia a consultora de nome.
No entanto, acabou depois por confirmar que participou numa reunião com a referida empresa em 8 de fevereiro deste ano. Segundo o presidente da Parpública, a reunião teve como tema “informação relativa a potenciais parcerias no âmbito da TAP”, mas não teve a ver com a privatização.
“Não era informação relativa à tomada de cisões sobre privatização, até porque a Evercore não é uma empresa credenciada para o efeito de assistência nessa área de privatização. Não creio que a Evercore esteja nessa lista de consultoras credenciadas”, afirmou.
Já questionado sobre o deputado comunista Bruno Dias sobre processos de recrutamento levados a cabo por “caçadores de talentos“, Jaime Andrez afirmou que foram feitas consultas para o recrutamento do administrador financeiro da TAP e para vogais na Caixa Geral de Depósitos, por exemplo, mas ficou de enviar posteriormente informação sobre os custos daqueles procedimentos.
Em outubro, o Governo anunciou a intenção de injetar mais capital na TAP, com fundos públicos, para acelerar a sua venda. A Lufthansa e o grupo Air-France/KLM têm sido apontados como potenciais interessados na compra da TAP.
O capital da empresa é atualmente detido a 99% pela República Portuguesa, através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças. A Parpública tem os restantes 1%.
ZAP // Lusa
Tendo aparecido mais uma mentira na qual se diz que o silêncio sobre a decisão de despedir a CEO da TAP se destinava a proteger os Contribuintes, surge perguntar se este ACORDO SECRETO que beneficia David Neeleman com avultada quantia também se destina a proteger os Contribuintes ou é mais uma falcatrua de quem se considera Dono Disto Tudo com os Contribuintes a pagar???
Não se destina a proteger os contribuintes, como é óbvio
Mas que vão argumentar que era para isso que foi planeado, lá isso vão. E não desistem disso!
Claramente, este é um Governo que tem um problema rave com a verdade…
Estes tipos são “bons gestores”?? é quando vão ao bolso dos contribuintes…
A facilidade fantástica como estes energúmenos estoiram o nosso dinheiro deixa-me sem palavras…
As notícias que vêm a lume semanalmente relativamente à forma como este Governo gere a coisa pública não tem precedentes.
Se isto não se assemelha a uma estão danosa, então não sei o que isso é…
ACORDO SECRETO? Mas afinal o Governo está lá para “Transparentemente gerir Portugal e Portugueses” ou para fazer o que entende à revelia dos Governados? Só por isto e por lhe chamarem Democracia, o P.R: NUNCA DEVERIA HESITAR EM PÔR ORDEM NO “CANIL”. Mesmo assim, o que andamos a assistir há longos anos, é a uma total Inércia Presidencial que NUNCA PODERÁ TRAZER ALGUM BENEFÍCIO PARA PORTUGAL E PORTUGUESES mas traz IMENSOS MALEFÍFICIOS QUE ATÉ INCLUEM FALTA DE CONFIANÇA NAS INSTITUÇÕES GOVERNAMENTAIS… E MUITO MAIS!
A INÉRCIA POPULAR de um Povo muito mal preparado Culturalmente e Adormecido com Futebol, Futebóis e Falsas Promessas também em nada ajuda à Normalização Nacional em termos Políticos, Económicos, de Saúde, de Justiça e de Educação e o que mais for preciso para restaurar O ORGULHO NACIONAL HÁ MUITO PERDIDO.