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Suspeito do desaparecimento de Maëlys pode ser um assassino em série

Jennifer Cleyet Marrel / Facebook

Maëlys de Araújo, menina luso-descendente de 9 anos que está desaparecida

As autoridades francesas estão a investigar vários desaparecimentos nunca resolvidos, na zona onde vive Nordahl Lelandais, o suspeito do caso da pequena Maëlys de Araújo, acreditando que este pode ser um assassino em série.

Depois de ter sido apontado como o suspeito do desaparecimento de Maëlys de Araújo, uma menina de 9 anos filha de pai português, Nordahl Lelandais foi indiciado também no caso de desaparecimento de um militar, Arthur Noyer.

E agora, as autoridades estão a analisar “todos os desaparecimentos inquietantes na região”, procurando pistas que possam ou não ligar Lelandais também a estes casos, avança o jornal francês Le Figaro.

Os investigadores franceses estão, neste momento, a tentar perceber se estamos perante “um assassino em série”, frisa o diário.

Na região onde desapareceu Maëlys e onde vive Lelandais, no departamento da Alta Sabóia, há uma dezena de casos de desaparecimentos que nunca foram resolvidos pelas autoridades, relata o mesmo jornal, dando conta de detalhes sobre os mais misteriosos.

Um destes desaparecimentos ocorreu em Setembro de 2011, quando um jovem de 23 anos, Jean-Christophe Morin, desapareceu, durante a noite, num festival de música electrónica. Nunca foi encontrado e não há pistas quanto ao que pode ter acontecido.

Precisamente um ano mais tarde, em Setembro de 2012, desapareceu Ahmed Hamadou, de 45 anos, depois de ter tentado entrar no mesmo festival de música electrónica. Desapareceu também durante a noite e não há pistas do seu paradeiro. A família suspeita que pediu boleia, para voltar para casa, pois não tinha carro, que o mataram e que enterraram o corpo.

Neste caso, Hamadou tinha uma ligação directa com Lelandais, uma vez que se conheciam de vista e viviam em comunidades vizinhas. Mas as autoridades nunca estabeleceram nenhuma suspeita neste âmbito.

Mais recentemente, em Julho deste ano, desapareceu também um belga de 24 anos, Adrien Mourialmé, um jovem cozinheiro que trabalhava num restaurante da zona. Não há sinais do que lhe possa ter acontecido.

Há ainda outro caso enigmático, de Setembro de 2012: um quadrúplo homicídio numa zona florestal da localidade de Chevaline, também na Alta Sabóia. Três elementos de uma família britânica, o engenheiro Saad al-Hilli, de 50 anos, a mulher Iqbal, de 47 anos, e a sogra, Suhaila al-Hallaf, de 74 anos, foram mortos a tiro no interior de um carro. O ciclista francês Sylvain Mollier, que estaria a passar no local, também morreu baleado.

As únicas sobreviventes deste crime bárbaro são as filhas do casal, uma menina de 7 anos, e outra de 4 que foi encontrada, várias horas depois da chegada das autoridades ao local do crime, aninhada entre as pernas da mãe morta. O autor ou autores do crime ainda não foram descobertos.

SV, ZAP //

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