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Homicida de Maëlys suspeito de abusos a prima de quatro anos

(dr)

Maëlys de Araújo, menina luso-descendente de 9 anos que está desaparecida

Nordahl Lelandais é suspeito de abusos sexuais a prima de quatro anos, a quarta vítima depois da morte de Maëlys de Araujo, do homicídio do militar Arthur Noyer e da violação de uma outra prima criança.

O autor confesso do rapto e morte de Maëlys de Araújo, a menina lusodescendente que desapareceu em agosto do ano passado, terá abusado sexualmente de uma prima de quatro anos. Segundo o Le Parisien, Nordahl Lelandais terá filmado os abusos sexuais com o telemóvel.

Os investigadores descobriram no computador de Lelandais um vídeo que mostra os abusos sexuais, que terão acontecido na sua casa no verão de 2017. Apesar de o rosto do suspeito não ser visível, os investigadores estão convencidos de que ele é o autor do filme e dos abusos sexuais. Segundo a advogada da família da criança, não terá havido penetração.

O principal suspeito da morte da jovem lusodescendente Maëlys de Araújo foi nesta sexta-feira constituído arguido no novo processo de abuso sexual, no seguimento de um interrogatório feito esta manhã pelos juízes de Grenoble, disse a procuradoria à AFP.

O antigo treinador de cães do exército, de 35 anos, está detido na prisão de Saint-Quentin-Fallavier desde 10 de julho, depois de ter passado cinco meses numa unidade psiquiátrica, após a confissão do assassínio, em fevereiro.

Este é já o quarto caso em que Lelandais está envolvido. O homem é suspeito do rapto e homicídio de Maëlys, de ter matado o militar Arthur Noyer e de ter abusado sexualmente uma outra prima de seis anos, um caso também descoberto a partir de um vídeo encontrado no mesmo computador. Agora, Lelandais é suspeito de abuso sexual de uma prima.

Foi há mais de um ano, na noite de 27 de agosto, que Maëlys de Araujo, desapareceu numa festa de casamento, em Pont-de-Beauvoisin, e, a 31 de agosto, Nordahl Lelandais foi detido para interrogatório. A 3 de setembro, o francês foi formalmente acusado de sequestro, na sequência da descoberta de vestígios de ADN da menina no seu carro e, em novembro, foi acusado de homicídio.

A 14 de fevereiro, após a descoberta de um rasto de sangue da criança no seu carro, Lelandais confessou que a matou “involuntariamente” e levou a polícia até ao local montanhoso onde enterrou os seus restos mortais.

A 19 de março, na audição pelos juízes de instrução do tribunal de Grenoble, Nordahl Lelandais indicou que a menina entrou no seu carro para ir ver os seus cães e atribuiu a sua morte a uma bofetada que lhe deu quando ela entrou em pânico dentro da viatura. Apesar de quase todos os restos mortais da criança terem sido encontrados em fevereiro, as causas exatas da morte ainda estão por determinar.

Entretanto, a 29 de março, Nordahl Lelandais admitiu ter matado um militar, dado como desaparecido, em abril de 2017 e conduziu os investigadores ao local onde foram descobertos os ossos do cabo Arthur Noyer, de 23 anos.

Em julho, Nordahl Lelandais começou a ser investigado também por agressão sexual a uma prima de seis anos, que teria acontecido apenas uma semana antes da festa de casamento em que Maëlys desapareceu.

ZAP // Lusa

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