As principais páginas do Serviço Nacional de Saúde disponibilizaram dados dos cidadãos para exploração comercial da Google e outras marcas ligadas à publicidade.
A notícia é avançada pelo Expresso, e indica que os sites da Assembleia da República, SIRP, GNR e PSP, ivaucher.pt e autenticação.gov.pt fornecem dados de navegação para exploração comercial.
O Expresso concluiu, com recurso a algumas ferramentas de monitorização de tráfego, que a recolha de dados “também contempla áreas que o SNS.gov.pt disponibiliza para utentes, agendamento de vacinas covid-19 e solicitação de medicamentos para o VIH”.
A Google é a marca com maior presença nos serviços que recolhem dados de navegação dos sites do Estado, mas nas ferramentas especializadas é possível encontrar referências ao Facebook ou à Amplitude.com.
“O Estado está a entregar de mão beijada a gigantes da internet dados sensíveis dos cidadãos. Este caso assume particular gravidade em sites relacionados com serviços essenciais do Estado, como o SNS, Finanças e justiça, que recorrem a serviços de tracking externos para otimizarem a gestão desses sites”, refere Eduardo Correia, professor na Universidade do Porto.
Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde garantem que os dados servem apenas para tratamento estatístico e são anonimizados, sendo que “não há partilha de dados pessoais com a Google ou com qualquer outra entidade externa”, em resposta à publicação. Ainda assim, após as questões feitas pelo jornal, decidiram suspender a utilização do Google Analytics.
“Na sequência das perguntas formuladas, decidimos suspender a utilização da ferramenta Google Analytics”, escrevem os SPMS, numa resposta citada pelo Expresso. Apesar da anonimização, Eduardo Correia aponta que “pode haver fuga de dados pessoais para entidades externas”.
O antigo vogal da Comissão Nacional de Proteção de Dados frisa também que os “serviços públicos sem atividade empresarial não podem enviar informação recolhida através das cookies para exploração comercial“, o que viola a legislação nacional e comunitária.
A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) ainda não reagiu, mas Alexandre Sousa Pinheiro admite que a entidade de supervisão possa ter de intervir caso haja suspeita de partilha de dados indevida.
Vamos ver se alguem de demite ou é demitido por causa desta partilha de dados?
Não pode só haver consequencias se os dados forem partilhado com o Governo Russo como foi o caso de Lisboa!!!
E depois como é possivel que estes “gigantes” que não pagam impostos cá e fazer de tudo para fugir ao seu pagamento ainda recebam de mão beijada informação relevante para promover a sua atividade comercial!!!
€€€€€
Penso eu que a culpa deve ser do Salazar! Isto juntando a este caso o agora tão badalado dos dados entregues pela CML a governos estrangeiros e outros à mistura. Meditem bem, revejam a situação e depois façam comparações, será que ele terá chegado a tanto?
O medinovski entregou dados e nem sequer se passa nada…