Seguro pede a Costa que diga algo de novo

Ricardo Oliveira, António José Seguro / Flickr

O líder do PS, António José Seguro

O líder do PS, António José Seguro

O candidato às primárias do PS António José Seguro sugeriu hoje ao seu adversário, António Costa, que diga “qualquer coisa de diferente e de novo” e não ande a repetir as suas ideias.

O líder socialista reagia a declarações de António Costa no encerramento da convenção “Mobilizar Portugal”, no sábado, em Aveiro, onde garantiu que “o PS pretende governar com uma maioria absoluta, porque é necessário estabilidade para criar um Governo forte, que permita fazer a mudança que é necessário fazer”.

“É curioso, porque, em abril do ano passado, no encerramento do congresso do PS, eu tive a oportunidade de dizer que essa é a ambição do PS”, afirmou António José Seguro, durante uma visita à Feira Regional de Oliveira do Hospital (ExpOH).

Por isso, deixou uma sugestão a António Costa: “Que não repita mais aquilo que eu tenho andado a dizer, nem aquilo que são as posições do PS e que diga qualquer coisa de diferente e de novo”.

António José Seguro escusou-se a comentar a crítica implícita que lhe fez o seu opositor ao afirmar que, se o PS quiser “ser só alternância”, basta ganhar “por poucochinho”.

“Quem se conforma em ganhar por poucochinho é porque está disposto, simplesmente, em fazer poucochinho”, tinha dito António Costa em Aveiro.

O líder socialista frisou que a sua responsabilidade é “trazer o PS das derrotas para as vitórias“, o que foi conseguido, e que o objetivo de ganhar as próximas eleições legislativas “se mantém intacto”.

“É nesse objetivo em que estamos concentrados, porque o país precisa de uma mudança de política, precisa de colocar o emprego e o crescimento económico no topo das prioridades”, defendeu.

Na sua opinião, é preciso dotar a economia portuguesa “de um motor, de um plano de reindustrialização” para os setores tradicionais, como o têxtil, o calçado ou os moldes.

A necessidade de reduzir as importações com a aposta na agricultura e também de apoiar “as start up e muitas empresas, sobretudo da nova geração de portugueses, que são empresas de base tecnológica”, foram outras medidas que apontou.

O secretário-geral do PS lamentou que muitos portugueses optem por emigrar, porque “não encontram em Portugal nenhuma oportunidade de emprego, de trabalho”.

“Aquilo que neste momento mais me revolta é que existam portugueses que tenham de sair do país porque não encontram aqui oportunidades de trabalho”, acrescentou.

/Lusa

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