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Rui Rio diz que Ministério da Saúde “não paga nada desde janeiro” às IPSS

Rodrigo Antunes /Lusa

O Ministério da Saúde não paga “nada desde janeiro” às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), disse Rui Rio, presidente do PSD.

Rui Rio denunciou, esta segunda-feira, que o Ministério da Saúde não paga às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) desde janeiro, situação que considera “inaceitável” e sobre a qual estava “a milhas” quando pediu que fossem liquidadas as dívidas do Estado.

Fiquei absolutamente estarrecido e admirado com a situação. As IPSS receberam pela Segurança Social tudo o que têm direito, mas tudo o que devem receber do Ministério da Saúde, pura e simplesmente, o Governo não tem pago nada desde janeiro”, revelou, em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião no Porto com a União da Misericórdias do Porto e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade Social (CNIS).

De acordo com o líder social-democrata, esta é uma realidade a qual o PSD era alheio quando apresentou uma proposta para que o Governo pagasse “tudo o que havia para pagar” e ajudar a injetar liquidez na economia.

“Eu estava a milhas de imaginar que me pudessem vir dizer que não pagam nada desde janeiro, particularmente quando todas estas instituições tem tido um trabalho ainda mais importante do que o trabalho que já fazem todos os dias”, referiu, acrescentando que esta situação não é “minimamente aceitável”.

Segundo o Observador, Rui Rio admitiu que “uma instituição ou outra” pode ter recebido, mas insistiu que existe uma falha generalizada por parte do Ministério da Saúde. Questionado pelos jornalistas sobre o montante da dívida, o presidente do PSD disse não ter números concretos.

“A Igreja Católica tem mais juízo do que a CGTP”

Rui Rio criticou mais uma vez as celebrações do 1.º de maio organizadas pela CGTP e confrontado pelos jornalistas sobre as celebrações de 13 de maio – após sido reiterado que, este ano, não haverá a habitual participação dos peregrinos no Santuário de Fátima -, o presidente do PSD afirmou que “a igreja católica tem mais juízo que a CGTP”.

“Estão a organizar [as celebrações] de uma forma equilibrada e sensata face às circunstâncias que vivemos”, acrescentou numa conferência de imprensa realizada, esta tarde, na sede do partido no Porto, a propósito de uma reunião entre o dirigente, representantes da união das misericórdias, na qual também participou o provedor da Santa Casa do Porto, Manuel Lemos.

Sobre as declarações da ministra da Saúde, Marta Temido, – que numa entrevista à SIC Notícias, afirmou que as celebrações do 13 de maio, em Fátima, eram “uma possibilidade”, desde que fossem uma opção dos organizadores e cumpridas as regras sanitárias – Rui Rio considerou que a governante não poderia ter apresentado outra solução depois da manifestação do 1.º de maio.

“[A ministra] estava a abrir uma porta às celebrações porque, face às respostas que estava a dar pelo 1.º de maio, que respostas haveria de dar senão aquela relativamemte ao 13 de maio”, atirou acrescentando que, ainda assim, a igreja católica demonstrou “ser sensata“.

Ainda sobre as comemorações do 1.º de maio, o dirigente social-democrata argumentou que, para além do aglomerado de pessoas que se verificou na Alameda em Lisboa, “é absolutamente escandaloso as camionetes que vieram doutros concelhos”.

Para Rui Rio, a ação foi “inadmissível” e, na sua opinião, “o partido comunista, a CGTP e em parte o Governo (…) acabaram por prestar um péssimo serviço ao Dia do Trabalhador”. Acho que, por exemplo, a UGT prestou muito melhor serviço ao país no 1.º de Maio pela forma como o fez”, concluiu.

ZAP // Lusa

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