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Rio diz que é “vital” saber velocidade do carro de Cabrita no atropelamento mortal (e deixa aviso a Costa)

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ppdpsd / Flickr

O presidente do PSD, Rui Rio

É “vital” para “apurar responsabilidade” saber a informação sobre a velocidade a que seguia o carro do ministro da Administração Interna no momento do atropelamento mortal na A6, considera Rui Rio, líder do PSD, que acusa António Costa de ser “o primeiro responsável” pelas “falhas” de Eduardo Cabrita.

O presidente do PSD comenta, pela primeira vez, o caso do atropelamento de um trabalhador na A6 que acabou por morrer, após ter sido atingido pelo carro de Cabrita.

“Acho que há aqui um dado muito relevante que falta saber que é a velocidade a que ia o automóvel. Se o automóvel ia a uma velocidade normal na autoestrada então é uma coisa, se vai a uma velocidade muito acima daquilo que é o normal então a responsabilidade poderá ser outra”, vinca Rio depois de ter sido desafiado a comentar o acidente que vitimou o trabalhador de 43 anos.

Para o presidente do PSD, saber “exactamente a velocidade a que seguia o carro” é “um elemento vital para apurar responsabilidade“.

O CDS-PP já pediu a demissão de Eduardo Cabrita caso se confirme que houve excesso de velocidade. Mas Rio não alinha por esse discurso e nota que “as demissões dos ministros competem exclusivamente ao primeiro-ministro“.

“O primeiro-ministro entendeu não demitir o ministro da Administração Interna, não é por este caso, já por muitos outros para trás, está no seu legítimo direito, o ministro é ministro por direito próprio, eu tenho é a dizer outra coisa um bocado diferente: tudo aquilo que vai acontecendo de mau sob a gestão do actual ministro da Administração Interna é da responsabilidade do primeiro-ministro“, sublinha o líder do PSD.

“O primeiro-ministro insiste em dizer que tem excelente ministro da Administração interna”, acrescenta.

“Portanto, eu não tenho que pedir a demissão, isso é o primeiro-ministro que sabe, mas tenho que tirar a conclusão que ele passa a ser o primeiro responsável por aquilo que vão sendo as falhas do ministro da Administração Interna, porque não o quer mudar. Está no seu direito, mas então tem de assumir a responsabilidade”, conclui Rio.

O acidente em que morreu atropelado um trabalhador que fazia a manutenção da via na autoestrada A6, no Alentejo, pelo carro que transportava o ministro da Administração Interna ocorreu no dia 18 deste mês.

ZAP // Lusa

6 Comments

  1. O dr. Rui Rio, deve estar convencido que os cargos de um ministro da Administração Interna, o mais importante dos ministérios, é o equivalente a um gabinete de advogados ou um trabalho liberal ou das 9 às 17. Pelos vistos, deve fazer a mesma ideia do cargo de 1º ministro, o que é preocupante num candidato a chefe de governo. Críticas políticas, compreendo-as, concorde ou não, agora dizer que é relevante, primordial, saber a velocidade a circulava a viatura é infantilismo, para não ser mais cáustico.
    O que aconteceu foi uma tragédia, o que é preciso é assumir as responsabilidades civis e morais pelo acontecido, sem procurar culpados ou sacudir as responsabilidades devidas à família do infortunado. Todas as pessoas que trabalham com agenda, sabem que quando se inicia uma reunião de trabalho, já se deveria estar a caminho da próxima, sejam ministros ou vendedores, por exemplo. As agendas nunca são cumpridas, logicamente não se podem cumprir limites de velocidade. Não por acaso, a comunicação social não se preocupou em informar qual a agenda do ministro nesse dia, o que fizera antes do acidente, se saira de casa ou se de uma reunião de trabalho. Sabê-lo, seria relevante para apuramento da responsabilidade cívica e moral do ministro.
    Uma pergunta, a partir da minha experiência, adoro conduzir, não me sinto confortável como pendura, porque será que os detentores de cargos públicos, ministros, por exemplo, têm condutores e não são eles a conduzir? E não são motoristas ao calhas, são profissionais competentes e preparados. A resposta é óbvia, os passageiros aproveitam as viagens para trabalhar e não para ver a paisagem, quer a agenda esteja folgada, quer não. Todos aqueles que trabalham com agenda excedem os limites de velocidade, se calhar sempre que entram na viatura, o dr. Rio já terá excedido muitas vezes, sem necessidade e se chegar a 1º ministro, isso vai tornar-se uma constante. O ministro Cabrita teve azar, menos que a vítima, saiu-lhe o euromilhões.
    De resto, para quem sabe e tem experiência, é muito difícil manter um topo de gama, com 200 cv, nos 120/hora. O dr Rio tenta fugir ao populismo, mas não resiste a sê-lo.

    • O seu comentário é tão repugnante e os seus argumentos tão descabidos como justificação para o excesso de velocidade , que só me pergunto porque é há gente tão estupida à face da terra.

  2. Acho que o sr. rui rio se esta a deixar enredar na teia do francisco do CDS e aproveitar uma situaçao sem nexo. Primeiro o condutos nao é o ministro . é um trabalhador como outro qualquer que conduzia. se calhar o ministro aproveitou a viagem para dormir…era o que eu faria,,,logo o ministro nao teria visto o acidente. E normal, que em funcoes publicas se procure ir de um lado para outro o mais depressa possivel. Mas dito isto, pergunto, faz diferença? Pelos vistos para o dirigente do CDS faz e agora para o sr. Rui rio, que por acaso ate sou do partido dele, mas não lhe dou razão neste aproveitamento politico dum acidente que pode calhar a qualquer de nós. Para mim é assim, vamos numa autoestrada, ninguem espera ver ninguem a pé a atravessar a estrada. Basta uma pequena sonolencia , infelizmente isso acontece com o calor, e seja a 120 ou a 180 o acidente ‘pode surgir. Basta desta brincadeira destes politicos. A continuar assim prefiro votar no CHEGA sr, rui rio

  3. Um bocadinho de vergonha e respeito é o que se pede aos péssimos políticos que nos dizem representar, assim como á Comunicação Social Partidarizada, em especial á SIC e á CMTV, que sem qualquer respeito intelectual e politico pelos Telespectadores insistem em transformar um acidente de viação num caso político-partidário, ofendendo assim a intelectualidade, o bom senso, a moral do comum dos portugueses.
    Ás Televisões, e toda a Comunicação Social Partidarizada, pede-se que urgentemente para nas suas permanentes atividades partidárias, passe, na sequencia do acidente em causa, a ter o mesmo comportamento em todos os acidentes diários, para todas as viúvas e todos os órfãos, para todas as seguradoras, para todas as indeminizações, ou ficaremos com a certeza de que a comunicação social que tenham tido este comportamento anormal tal como os Partidos Políticos atuam imoral e de forma populista independentemente dos prejuízos para os bolsos dos portugueses.

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