CDS exige saber a que velocidade seguia carro de Cabrita que causou vítima mortal

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Rodrigo Antunes / Lusa

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos

O presidente do CDS-PP defendeu, esta segunda-feira, que o ministro da Administração Interna deve demitir-se caso se apure que o carro circulava em excesso de velocidade na altura do acidente que vitimou uma pessoa.

“O que eu neste momento reclamo é que sejam tornadas públicas as circunstâncias deste acidente”, defendeu Francisco Rodrigues dos Santos em conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa.

O presidente do CDS afirmou ser “muito estranho que ainda não sejam conhecidas conclusões” sobre o que se passou no acidente “que matou Nuno Santos e que deixou mulher e duas filhas”, cita o jornal Público.

“Eduardo Cabrita tem-se submetido a um silêncio ensurdecedor. Como é evidente, Eduardo Cabrita não deve ter responsabilidades pessoais nesta tragédia (…), mas também é verdade que pode ter responsabilidades políticas”, acrescentou o líder centrista.

Apontando que o ministro da Administração Interna “é responsável por garantir que são cumpridas as regras do Código da Estrada”, Rodrigues dos Santos questionou se o governante “está em condições de garantir que a viatura em que viajava circulava a menos de 120 quilómetros por hora, e por isso respeitava todas as regras do Código da Estrada”.

“A verdade é só uma, se a viatura do ministro Eduardo Cabrita viajava em excesso de velocidade, tendo provocado uma morte, o senhor ministro não tem condições políticas para se manter nem mais um segundo nas suas funções”, defendeu Francisco Rodrigues dos Santos, considerando que a sua posição fica “muito fragilizada”.

O acidente em que morreu atropelado um trabalhador que fazia a manutenção da via na autoestrada A6, no Alentejo, pelo carro que transportava o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, ocorreu no dia 18 deste mês.

Ainda questionado pelos jornalistas sobre a saída do CDS do advogado Francisco Mendes da Silva, Francisco Rodrigues dos Santos optou por desvalorizar a situação, afirmando que, desde que foi eleito presidente, “por cada militante que se desfilia entram dois novos militantes”.

“Desde que eu fui eleito presidente do CDS, por cada militante que se desfilia, entram dois novos militantes do partido”, afirmou, apontando que “se filiaram mais militantes no ano 2020 do que em 2019, e que saíram mais militantes em 2019 do que saíram em 2020”.

Rodrigues dos Santos disse estar também “motivado com aqueles que estão no CDS pelo seu caráter autêntico e pela vontade de fazer mais e melhor e fazer crescer este partido, para continuar esta missão”.

“A militância do CDS tem crescido e eu nesta altura desejo boa sorte àqueles que escolhem outros caminhos, e àqueles que ficam que contam comigo e eu conto com eles para fazer crescer o CDS e o afirmar já nas próximas eleições autárquicas, elegendo mais autarcas do que do que aqueles que tivemos em 2017″, acrescentou.

ZAP // Lusa

6 Comments

  1. Heheheeeeee… o padreco que lidera o CDS não perde uma oportunidade de mostrar quem é: o trabalhador pouco importa; o que interessa é fazer ruído e tentar tirar proveitos políticos da situação!!
    Este estava bem junto com o Cabrita…

    • Politica em democracia fatela é mesmo isto, seja a atitude dele, seja o seu comentário, seja o meu. Tudo farinha do mesmo saco.

    • Ruído… Pelo menos está a fazer algo. Você deve ser assessor do Cabrita. Com um nível desses. Muito fraquinho… Se. Não chega lá

  2. Dá-se aqui inicio a uma nova fase do código da estrada: A responsabilidade dos passageiros.

    Depois é ver os acéfalos concordar «Sim, sim! Não interessa nada que fosse no banco de trás a ler o jornal. Tem responsabilidade!»

    Valha-me nossa senhora!

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