Aberto inquérito-crime ao atropelamento mortal com carro de Cabrita. Não há câmaras no local do acidente

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Tiago Petinga / Lusa

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita

A GNR já está a investigar as circunstâncias do atropelamento mortal com um carro onde seguia o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita. Mas o inquérito-crime não poderá contar com imagens das câmaras de video-vigilância no local do acidente, pois a auto-estrada A6 não tem trânsito suficiente para isso.

Nuno Santos, um trabalhador de 43 anos, morreu na sexta-feira depois de ter sido atropelado pelo carro onde seguia Eduardo Cabrita. O BMW conduzido pelo motorista do Ministério da Administração Interna (MAI) atingiu o operário de uma empresa de manutenção que fazia obras na auto-estrada A6 que é gerida pela Brisa.

O Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação da GNR de Évora está agora a investigar o acidente, como é habitual sempre que há vítimas mortais.

A Brisa também abriu um processo interno, segundo o Correio da Manhã (CM), para averiguar o que aconteceu.

A auto-estrada onde ocorreu o acidente não tem câmaras de video-vigilância, uma vez que não terá o “volume de tráfego” suficiente para as instalar, de acordo com os critérios da Brisa, ainda segundo o mesmo jornal.

Assim, a GNR terá que analisar as circunstâncias do acidente com base nos testemunhos de quem o presenciou e nas pistas encontradas no local.

Vítima de 43 anos deixa duas filhas menores

O acidente ocorreu ao quilómetro 77,6 da A6, no sentido Alentejo-Lisboa, por volta da uma da tarde de sexta-feira.

O ministro regressava a Lisboa depois de ter participado na cerimónia de compromisso de honra dos novos militares da GNR no Centro de Formação de Portalegre.

O CM apurou que a vítima se afastou “momentaneamente” do grupo onde estava com outros trabalhadores no separador central e que “atravessou a faixa de rodagem”. Nessa altura, “o motorista de Cabrita foi surpreendido pela presença do homem na via e não conseguiu evitar o atropelamento”, destaca o jornal.

“O trabalhador foi projectado para a vala”, explica ao CM o comandante dos Bombeiros de Estremoz, Carlos Machado.

“No local estiveram 27 operacionais e 12 viaturas. Nós e a VMER do Hospital de Évora prestámos assistência, mas não foi possível reverter a paragem cardiorrespiratória“, acrescenta aquele responsável.

O Ministério da Administração Interna (MAI) já lamentou “profundamente o sucedido”, apresentando “condolências à família da vítima”. O trabalhador deixa duas filhas menores, de 13 e 16 anos.

Mas nem Cabrita, nem o seu gabinete, apresentaram quaisquer explicações públicas sobre o acidente, o que está a ser considerado estranho por algumas pessoas, nomeadamente pelo escritor Rui Zink.

“O ministro Cabrita, um carro oficial, um despiste, uma vítima mortal. A esta hora não devíamos já saber o que aconteceu ao certo?”, questiona Rui Zink numa publicação no Twitter.

ZAP //

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11 Comments

  1. E será que alguma vez vamos saber???
    Espero que o trabalhador não venha a ser o culpado ,como uma juiza , a mim , depois de atropelado , afirmou em tribunal, que sabia que eu é que era o culpado .
    Fui atingido por condutor em viatura da
    Caixa agrícola.
    Cuidem-se

      • Coitaaado do aldrabão do Cabrita, despista-se atropela, deixa roubar armas e reage mal, só reage ao fim de 9 meses na morte do Ucraniano, mentiu na AR recentemente… esperem para ver que ainda vai fazer pior, é somente mais um XUXALISTA de um governo minoritário.

    • Tudo te acontece… e, claro que a culpa é sempre dos outros!…
      Mas, já pensaste na probabilidade do trabalhador que atravessou a autoestrada ser culpado da própria morte?

  2. Tendo em conta a velocidade e respectivas infracções permitidas a estes “Deuses políticos” e seus acólitos, o desfecho será uma provável indemnização paga a família com o dinheiro dos contribuintes e tudo continuará na mesma até surgir novo acidente. a vida de um ser humano pouco interessa na urgência de os nossos deuses políticos se deslocarem de um invento a outro ou simplesmente regressar a casa.

  3. Estou a imaginar uma Revolução em que elementos abjectos como Cabrito e KostaVirus são largados em auto estradas impedidos de sair de lá até serem atropelados … Uppps isso era um Circo Romano … mas que bela solução: atirar os Xuxalistas às feras!

  4. Já agora a velocidade do carro, imagino pelo abuso que tenho observado quando estes transportam cabritos desta classe parece que a estrada é toda deles!

  5. Vamos a factos…
    A culpa da morte deve ser do trabalhador, porque deve evitar, para não dizer que não o deve fazer, de atravessar a autoestrada com veículos na mesma, porque o acidente podia ter acontecido com outra pessoa.
    Agora o que deve ser posto em questão é a velocidade em que o mesmo ia, coisa que isso me parece que ia bem acima do que a lei permite.

    Mas no fim, culpa da vítima ou destes cabritas que fazem o que querem sem levar consequências, as vítimas são sempre quem morreu e a família que cá ficou.
    Condolências a família quem em nada tem culpa disto

  6. Penso que este infortunado trabalhador da BRISA, não estava a trabalhar sozinho, não existe câmaras de vigilância no local mas de certeza existem colegas para testemunharem !…..

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